Implementar ações de eficiência energética que irão reduzir os gastos com energia elétrica das unidades consumidoras (UCs) do Poder Público Estadual. Isso é o que pretende o Programa de Eficiência Energética da Subsecretaria de Energia, Telecomunicações e Cidades Inteligentes, com a supervisão e coordenação da Secretaria-Geral de Governo (SGG). O programa foi oficializado por decreto estadual no início de março e já pretende implementar dois projetos com estimativa de economizar juntos R$25 milhões por ano.

Conforme definido no Decreto Estadual Nº10.417, o Programa de Eficiência Energética possui cinco eixos de atuação: migração para o ambiente de contratação livre de mercado; ajuste da demanda contratada; compensação de energia elétrica, por meio da geração distribuída ou do Sistema de Compensação de Energia Elétrica; participação em chamadas públicas de eficiência energética das concessionárias de energia; e outras ações destinadas à redução de custos com energia elétrica ou ao incremento da eficiência no uso dela, inclusive com a instalação de carregadores para veículos elétricos.

“A eficiência energética é um dos pilares da transição energética, que significa não só procurar fontes energéticas mais limpas, como também utilizar menos energia e reduzir o gasto energético. Isso se justifica porque cada vez mais temos aplicações que consomem energia e, muitas vezes, construir as usinas que irão atender essas aplicações ocorre de forma mais lenta do que o aumento de consumo. Então, precisamos ter um consumo consciente de energia para conseguir ter o tempo necessário para construir essa infraestrutura”, explica o subsecretário de Energia, Telecomunicações e Cidades Inteligentes, Renato Lyra.

Após a oficialização, o próximo passo do programa será lançar alguns projetos para a licitação. Entre eles está o projeto de migração de UCs do Grupo A para o mercado livre. Apesar da menor quantidade, essas unidades consumidoras representam 63,7% da demanda de consumo energético total dos órgãos e entidades estaduais. Com a migração para o ambiente de contratação livre, isto é, contratando energia diretamente com os geradores, espera-se atingir uma economia entre 20 e 30% nos gastos com energia elétrica.

Outro projeto que será lançado para licitação será o de compensação de energia elétrica para as UCs do Grupo B, por meio da instalação de usinas solares para compensar o consumo de energias dessas unidades. Depois de totalmente implantados, esses dois projetos têm uma previsão de economia de R$ 25 milhões por ano, nos valores referenciais gastos de 2023.

“No total, quando esses projetos estiveram instalados, a expectativa será de uma economia entre 20 e 25 milhões por ano para o governo. É um valor que poderá ser investido em novos projetos”, ressalta o subsecretário.

De acordo com Renato Lyra, o Programa de Eficiência Energética também prevê parcerias com entidades municipais.

“Temos uma outra etapa em que vamos procurar parcerias com municípios e outros órgãos estaduais para o desenvolvimento de projetos de redução do consumo energético a nível municipal também”, acrescenta.

Ao todo serão 3.141 UCs contempladas pelo Programa, abrangendo órgãos e entidades públicas da administração direta e indireta do Estado de Goiás, com exceção da Saneago. Dentre as unidades, 307 pertencem ao Grupo A (de alta tensão) e 2.834, ao Grupo B, o que totaliza uma demanda de 175,1 GWh/ano.