A parceria entre Estados e Distrito Federal para impulsionar investimentos na região Centro-Oeste foi o cerne dos debates que compuseram a segunda reunião do Comitê de Articulação das Secretarias de Estado da Área de Atuação da Sudeco (Case), realizada no Palácio Paiaguás – Centro Político Administrativo (CPA), em Cuiabá (MT), nesta quinta-feira, dia 16. O evento contou com a participação de quatro representantes do Governo de Goiás.No encontro também foi feita a apresentação sobre a Rede Nacional de Informações relativa ao Investimento (Renai), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). “Essa reunião permite o fortalecimento e a consolidação da parceria entre o Governo Federal e os Governos dos Estados da Região, com o objetivo de promover maior intercâmbio de informações e articular ações de facilitação de investimentos produtivos no Centro-Oeste, o que poderá ocorrer por meio da Renai”, declarou o superintendente da Sudeco, Cleber Ávila.

O superintendente executivo de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED), Mauro Faiad, defendeu atuação “uníssona e de forma conjunta” das unidades da região para impulsionar setores estratégicos como logística e inovação tecnológica.

No que diz respeito à capacitação profissional, Mauro Faiad pontuou que Goiás tem hoje o maior programa de qualificação profissional do Brasil, o Bolsa Futuro, conforme constatou o jornal Valor Econômico, a mais prestigiada publicação sobre economia do País. Quanto à inovação tecnológica, ele enumerou ações como fomento a parques e condomínios tecnológicos e Arranjos Produtivos Locais (APLs). “O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior confirmou recentemente que Goiás é hoje o Estado mais avançado no desenvolvimento de APLs”, disse.

Faiad destacou a participação do Estado na economia nacional como detentor da nona posição no Produto Interno Bruto (PIB) e pontuou como grande desafio cobrir o hiato entre esta posição e os índices da renda per capita dos goianos. “Ocupamos apenas a 12ª colocação neste ranking”, disse. “O nosso foco é no sentido de viabilizar remuneração condizente com o tamanho da nossa economia e isso se verifica com produtividade”.

O superintendente executivo de Ciência e Tecnologia descreveu ainda a força do Estado em segmentos como agricultura, pecuária e mineração. Enumerou os investimentos em transportes e logística, bem como os avanços de Goiás ao atrair importantes plantas no setor metalmecânico, com a implantação de grandes montadoras. E citou a posição do Estado como mercado promissor na produção de etanol e segundo no País no setor de fármacos.

FCO
Orcino Gonçalves Júnior, secretário executivo do Conselho de Desenvolvimento do Estado / Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste e um dos representantes goianos na reunião, afirmou que as ações da Sudeco aprimoram-se a cada evento, como fator essencial para impulsionar o crescimento dos Estados e do Distrito Federal e que “a experiência, ao longo dos anos, é o diferencial nesse desenvolvimento”, mencionando, ainda, a importância do percentual (2%) do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO) para investimentos em tecnologia.

O governador do Mato Grosso, Pedro Taques, ao saudar os participantes da segunda reunião do CASE, destacou o papel da Sudeco nas estratégias de desenvolvimento regional e reafirmou o compromisso do governo local com mudanças.

Além do superintendente executivo de Ciência e Tecnologia, Mauro Faiad, e o secretário executivo do CDE/FCO, Orcino Gonçalves Júnior, fizeram parte da comitiva goiana o superintendente de Indústria e Comércio da SED, Victor Hugo Queiroz, e o superintendente do Produzir/Fomentar, Fernando Cunha.

Produzir
O Produzir, programa goiano que incentiva indústrias para revitalizar, expandir ou se estabelecer no Estado, deve servir de modelo para toda a região Centro-Oeste e pode ser “replicado”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso, Seneri Kernbeis Paludo. Segundo ele, em meio à crise econômica do País e à sucessão de denúncias de corrupção na esfera federal, a região consegue se deslocar deste cenário negativo com sucessivos índices de crescimento e gestões responsáveis. “Aqui é o Brasil que efetivamente dá certo”, disse ele.

Ainda de acordo com Paludo, os resultados econômicos positivos dos estados do Centro-Oeste são frutos de acertados ajustes fiscais e redução de despesas, como determinado pelo governador Marconi Perillo, em Goiás. “Estes aspectos são fundamentais para fomentar ambientes de negócios mais produtivos”, afirmou.

Fonte: Goiás Agora