Novo Plano Operacional será implementado em maio no transporte coletivo

O Novo Plano Operacional (NPO) do sistema de transporte coletivo terá sua primeira etapa implementada em maio deste ano e é essencial para que o serviço de transporte coletivo se atualize frente às novas dinâmicas de deslocamento e interesses da Região Metropolitana de Goiânia. Trata-se de uma nova forma de planejamento das linhas a partir da revisão dos padrões de qualidade para a prestação do serviço.

O objetivo é promover a melhoria do conforto, com uma menor lotação dos veículos, e a redução do tempo de espera dos passageiros. A partir do estudo de demanda, origens e destinos consolidado pelo Novo Plano Operacional (NPO), será possível ao Poder Público e aos operadores do sistema de transporte da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC) dimensionarem a quantidade e tipologia da frota e a oferta de viagens, e assim definir o padrão do serviço ofertado ao usuário.

É um estudo aprofundado, fundamentado com as melhores práticas e técnicas de engenharia para atualizar tempos de viagens, horários e trajetos e assim tornar mais confortável e atrativo o uso do transporte público.
Ao longo dos anos, é natural que as cidades cresçam e surjam novos bairros, novas regiões de comércio e de trabalho, ou seja, novos polos geradores de tráfego. Dessa forma, as necessidades de deslocamento das pessoas vão se modificando no tempo, bem como as condições de circulação do tráfego de veículos.

Por exemplo, nos últimos 5 (cinco) anos, período que antecede e posterior à pandemia, a velocidade média dos ônibus nos horários de pico dos principais corredores de transporte, reduziu de 19,3 Km/h em 2008 para 11,2 Km/h em 2024, uma redução de 42% na velocidade dos veículos, afetando, dessa maneira, a oferta de viagens e o tempo de deslocamento dos usuários do transporte público coletivo.

Ouvir e entender as principais demandas de quem usa o transporte público coletivo, suas principais reclamações como lotação; o tempo de espera nas paradas de ônibus e quanto ao trajeto das linhas, é fundamental para que o transporte público coletivo possa avançar na direção certa para atender as necessidades da população.

Melhorias
O NPO vai trazer impactos diretos e imediatos ao usuário. A curto prazo: redução do tempo de espera e maior conforto nas viagens; a médio prazo: melhorias na fluidez do tráfego a partir de medidas de priorização do transporte coletivo que visem reduzir o tempo total de viagem. Para o subsecretário de Políticas para Cidades e Transporte da Secretaria-Geral de Governo (SGG), Miguel Angelo Pricinote, o NPO vai trazer o fortalecimento da mobilidade coletiva, com maior atratividade para o serviço de transporte público, contribuindo dessa forma com uma mobilidade urbana mais sustentável.

“O seu maior objetivo é melhorar o conforto das viagens nos horários de pico, reduzir o tempo de espera dos usuários nos períodos de menor demanda e adequar os tempos de viagens das rotas para assegurar maior pontualidade no cumprimento da programação horária”, afirma.

O sistema de transporte coletivo de Goiânia e Região Metropolitana tem sido referência para outras capitais brasileiras no que diz respeito ao controle operacional de transporte coletivo, mas, definitivamente, o NPO contribuirá para melhorar o planejamento operacional dos serviços, com foco para a qualidade do serviço.

O NPO integra uma das fases de execução da Nova Rede Metropolitana de Transporte Coletivo, cujos investimentos chegam a R$ 1,6 bilhão e contemplam a modernização da infraestrutura como terminais e plataformas de embarque e desembarque, além da conservação e construção de pontos de ônibus, e renovação da frota de ônibus, incluindo a aquisição de modelos elétricos.

Os investimentos são possíveis graças ao subsídio mantido pelo Governo de Goiás em parceria com as prefeituras de Goiânia e de quatro cidades da Região Metropolitana – Aparecida de Goiânia, Trindade Goianira e Senador Canedo. Nenhuma dessas melhorias vai impactar na tarifa paga pelos usuários. A passagem custa R$ 4,30 e está com o valor congelado desde 2019.

Implantação
A implantação do NPO será feita gradativamente, avançando a cada grupo de linhas, na medida que os novos ônibus, necessários para cada grupo, tenham sido adquiridos e entregues pelos fabricantes. Antes de cada implantação da nova programação operacional e das tabelas horárias para determinada linha, todas as informações serão disponibilizadas à população com os novos horários e trajetos, inclusive com sinalização e identificação nos novos pontos de parada. A primeira etapa do projeto será com a implantação do BRT Norte-Sul e será finalizado após a implantação total da nova frota em meados de 2026.

O que é NPO?
É um trabalho técnico, altamente especializado, desenvolvido com tecnologia de Big Data, especialmente a partir de dados anonimizados da bilhetagem eletrônica, complementados com pesquisas e com dados obtidos do sistema de ITS da Central de Controle Operacional – CCO. Cruza-se uma enorme quantidade de informações de demanda – bilhetagem, tempos de viagens, pesquisa em terminais, reclamações, sugestões, origens e destinos – para permitir ofertar um serviço mais aderente às necessidades da população.

O NPO tem como propósito a revisão dos padrões de qualidade para a prestação do serviço, bem como os traçados das linhas e da programação operacional da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC), redefinindo o número de viagens em atendimento às necessidades de deslocamento e demandas atuais dos usuários, constatadas a partir de estudo técnico especializado de engenharia de transportes.

Eles envolvem análise de origem-destino da demanda para propor alterações na rede de linhas, assim como informações dos tempos de viagens para possíveis intervenções na infraestrutura e priorização do transporte público coletivo na circulação viária na Região Metropolitana de Goiânia. Com o maior objetivo de reduzir a espera, bem como a redução do tempo das viagens.

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