A Campanha de Vacinação Contra a Influenza 2016 termina hoje (20/5). Segundo balanço parcial divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), Goiás superou a meta de 80% estabelecida pelo Ministério da Saúde e alcançou, até a manhã desta sexta-feira, a cobertura vacinal de 82,41%, se posicionando em 9° lugar entre os Estados. O percentual pode aumentar à medida que os municípios forem atualizando e informando os dados da vacinação. As informações foram divulgadas em coletiva realizada na sede da SES.

Goiás recebeu do Ministério da Saúde mais de 1,5 milhão de doses da vacina, que foram aplicadas em crianças até cinco anos, gestantes, mães de recém-nascidos, trabalhadores da saúde, doentes crônicos e idosos, que são considerados dos grupos de risco. O titular da SES, Leonardo Vilela, explica que todos os municípios receberam um quantitativo suficiente para cobrir 100% dos grupos de risco, inclusive com reserva técnica para eventuais perdas como no transporte ou manejo, por exemplo. Todas as doses já foram enviadas.

Mais de 135 municípios goianos conseguiram superar a meta de 80%; 110 municípios vacinaram entre 50% e 80% do público-alvo. Apenas em Monte Alegre a vacinação ficou inferior a 50%, mas Vilela garante que funcionários da SES vão  ajudar  o município na vacinação, que muitas vezes tem dificuldades quando é na área rural. Apesar de a campanha encerrar hoje, os municípios que ainda não alcançaram a meta e ainda possuem doses da vacina, continuarão vacinando a população prioritária.

Boletim SRAG

Durante coletiva, Vilela divulgou o 11° boletim da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) de Goiás, com informações de 3 de janeiro a 17 de maio (20ª Semana Epidemiológica). Foram registrados 587 casos de SRAG no Estado em 2016, dos quais 200 tiveram diagnóstico positivo para Influenza A/H1N1. Houve 34 mortes provocadas por SRAG, vírus Influenza A/H1N1.

“Foi um número elevado [de mortes], mas a notícia boa é que as notificações estão caindo de forma drástica por quatro semanas consecutivas e isso nos dá o alento de que a epidemia já está no final”, afirma. O secretário explicou que uma combinação de fatores favoreceu, em 2016, o surgimento e até o aumento de casos de SRAG. O vírus é mutante; a chegada do outono com o fim do período chuvoso, clima mais seco e temperaturas não tão altas estimulam aglomerações e favorecem a proliferação do vírus.

As medidas de prevenção devem continuar e a população deve tomar os devidos cuidados: lavar as mãos, usar lenço descartável, cobrir a boca quando for tossir ou espirrar, não compartilhar objetos de uso pessoal, evitar aglomerações, pessoas com sintomas gripais devem evitar sair de casa para não contaminar outras pessoas.