Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás, referente ao primeiro semestre deste ano, caiu 1%, em comparação com igual período do ano passado, de acordo com estimativa do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan). Embora a taxa goiana seja negativa, ela ainda é inferior ao da média nacional que ficou em -2,1%, no período em análise. Entre os sete Estados que calcula o PIB trimestral, Goiás apresentou um dos menores recuos, atrás apenas do Rio Grande do Sul (-0,9%).

De acordo com os técnicos do IMB/Segplan, a queda do PIB semestral de Goiás – que é a soma de todas as riquezas produzidas no Estado – é o reflexo da crise econômica mundial, que afeta com mais intensidade os países emergentes, entre eles o Brasil. No primeiro trimestre deste ano, a taxa já tinha sido negativa em 1% e no segundo trimestre chegou a 1,9%. Já no fechamento do ano de 2014, a economia goiana cresceu 1,8%, enquanto a brasileira avançou apenas 0,1%. Nos segundo trimestre deste ano, os principais indicadores da conjuntura econômica de Goiás apresentaram retração. A agropecuária caiu 5,9%, a indústria diminuiu 1,7% e serviços -1,5%, resultando na queda de 1,9% do PIB. A taxa média brasileira caiu 2,6%.

Setores
O desempenho negativo do Produto Interno Bruto de Goiás, do 2º trimestre deste ano, foi fortemente influenciado pelo atraso no plantio das lavouras e as quedas da área plantada e da produtividade devido ao atraso do período chuvoso. No setor industrial, que teve queda de 1,7%, exceto a construção civil, todos os demais segmentos – indústria de transformação, extrativa e produção e distribuição de eletricidade, gás e água – contribuíram negativamente para a formação da taxa global da indústria.

O setor de serviços, que nos últimos anos vinha sustentando o crescimento econômico de Goiás, perdeu fôlego este ano, e acumulou dois trimestres de resultados negativos, devido ao recuo do movimento do comércio, dos transportes e até mesmo da prestação de serviços.