Secretário apresenta desempenho de hospitais e discute defasagem na tabela do SUS

O secretário de Estado da Saúde, Leonardo Vilela, apresentou hoje (18/12) a representantes do controle social do SUS, o desempenho das unidades hospitalares administradas por organizações sociais (OSs) e os repasses feitos pela SES-GO para o funcionamento desses hospitais. A reunião ocorreu no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) e contou com a presença do secretário municipal da Saúde, Fernando Machado, do presidente do Conselho Estadual da Saúde, Venerando Lemes, e da presidente do Conselho Municipal de Saúde de Goiânia, irmã Joana Dalva Alves Mendes. Representantes do Instituto de Gestão em Saúde (Gerir), Organização Social do Hugo, e diretores de hospitais também estiveram presentes.

O secretário disse que a partir da implantação da gestão por OSs, o número de leitos, Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), cirurgias e atendimentos ambulatoriais aumentou. “Só com a inauguração do Hugol, serão 514 leitos a mais. Esses leitos estão sendo ativados gradativamente e até o próximo ano o hospital estará totalmente em operação.” Leonardo Vilela ressaltou também que todos os hospitais públicos estaduais foram ampliados e reformados. “Isso representa um grande avanço no atendimento oferecido à população.”

De acordo com o secretário, o governo do Estado investe atualmente na Saúde o mesmo valor que era investido antes da implantação do novo modelo de gestão. “Antes das OSs, o governo estadual gastava os mesmos 12% da vinculação constitucional que são gastos hoje. O que ocorre é que de 2011 para cá, aumentamos muito o número de leitos, cirurgias e internações com os mesmos 12%. Os hospitais estão mais modernos e equipados e os pacientes melhor atendidos.” Leonardo Vilela informou ainda que o porcentual de repasse às OSs hoje é da ordem de 70,9 milhões de reais.

Tabela SUS

Durante a apresentação, o secretário de Estado da Saúde falou ainda sobre uma questão preocupante. Segundo ele, os hospitais privados, filantrópicos e públicos municipais estão diminuindo seu atendimento devido à defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde. “A tabela SUS está defasada e é insuficiente. Isso nos preocupa porque o Estado cada vez mais assume essa responsabilidade que deveria ser compartilhada entre as três esferas da união: municípios, estados e governo federal.”

Leonardo Vilela explicou que o governo de Goiás complementa o valor repassado pelo SUS aos hospitais filantrópicos e privados conveniados para a manutenção de leitos de Unidade de Terapia Intensiva. “O valor de 400 reais por diária é complementado para 1.100 reais pelo governo do Estado.”

De acordo com o secretário municipal da Saúde, esse cofinanciamento do Estado ajudou a reduzir o problema da falta de leitos de UTI para a população. Fernando Machado exemplificou nesta sexta-feira, 18, que apenas um paciente aguardava vaga de UTI, em contraste com as dezenas de pendências que existiam em 2013.

No final da apresentação, ficou definido ainda que representantes da Secretaria de Estado da Saúde e da Secretaria Municipal irão agendar uma nova reunião para discutir o sistema de regulação de pacientes do município para os hospitais da rede estadual.

Durante o evento, Leonardo Vilela informou que no próximo dia 15 de janeiro serão inaugurados a nova UTI e o novo pronto socorro do Hospital Materno Infantil (HMI), que segundo ele, foram totalmente reformados e atendem aos melhores padrões hospitalares vigentes no Brasil. O secretário anunciou também que o antigo prédio da Vigilância Sanitária, que fica ao lado do HMI, será reformado e que no local será instalado um ambulatório de pediatria. “Dessa forma, serão direcionados para o Hospital Materno Infantil os pacientes realmente de alto risco, que é o verdadeiro perfil da unidade. Além disso, iremos diminuir a grande pressão por pediatras nos CAIS.” O novo ambulatório deve entrar em funcionamento até o início de 2017.

Governo na palma da mão

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