Saúde alerta: população deve redobrar cuidados contra o Aedes no período chuvoso

Chuvas intensas e presença de calor. A previsão do tempo para Goiás nos próximos meses traz alerta máximo contra o mosquito Aedes em todo Estado. As dicas são conhecidas, mas é preciso colocar em prática, afirma Magna Maria de Carvalho, gerente de epidemiologia da SES-GO. “Evitar acúmulo de água parada em objetos, vedar as caixas d´água adequadamente, cuidar de piscinas e usar repelentes em ajudam a conter a proliferação do mosquito Aedes Aegypti transmissor da zika, dengue, chikungunya e febre amarela”, lembra ela.

Dados da Vigilância em Saúde (Suvisa) apontam que do início do ano até o dia 15.10 foram registrados 5.222 casos confirmados de zika e 12 de microcefalia correlacionado a esse vírus, bem como 144.460 notificações de dengue e 5 casos autóctones (contraídos no próprio Estado) de chikungunya, doença altamente incapacitante e que pode causar dores fortíssimas nas juntas e articulações por muitos meses. “Com as chuvas, a tendência é de que aumente o índice de infestação. Por isso precisamos do apoio, incondicional da comunidade e dos municípios para retirar tudo o que possa acumular água parada como entulhos e objetos sem utilidade das residência”, afirma Magna.

De acordo com a especialista, houve recuo em 18,30% dos casos de dengue em Goiás com relação ao mesmo período do ano passado.  Desses registros, têm-se 14 óbitos confirmados  por dengue. As cinco cidades com o maior número de registros são: Goiânia: 59.095, Anápolis 15.109, Aparecida de Goiânia, 11. 496, Rio Verde 7.162 e Luziânia 5.880.

Para atuar no cuidado ostensivo contra o mosquito no período chuvoso já foram intensificadas as visitas domiciliares na Força Tarefa Goiás contra o Aedes que foi decisiva para redução de 18,30%  dos casos registrados. A força-tarefa iniciada desde dezembro de 2015 já permitiu mais de 10 milhões de visitas domiciliares onde equipes de agentes de saúde, de endemias e do Corpo de Bombeiros, retiram os focos que são encontrados e realizam ações de educação em Saúde com a população. “A comunidade tem mostrado colaboração. Mas é preciso aumentar ainda mais a vigilância. Isso porque apenas uma casa com foco pode infestar todo um bairro e permitir a transmissão das doenças causadas pelo Aedes”, afirma.

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