Na cidade de Goiás, tocha é encontro de tradição milenar com outra secular

No segundo dia em terras goianas, a Tocha Olímpica foi recebida pelo governador Marconi Perillo na cidade de Goiás, em meio à alegria e ao orgulho dos moradores, sobretudo dos que participaram do trajeto carregando o símbolo olímpico. Momento para marcar a história da cidade, que comemora também 16 anos como patrimônio histórico da humanidade. “É o encontro de uma tradição milenar com outra centenária”, observou Marconi, na cerimônia de recepção da tocha, no coreto em frente ao Palácio Conde dos Arcos.

Ao lado da prefeita Selma Bastos, do subchefe de Assuntos Federativos do Governo Federal, Elber Jordão, do Bispo d. Eugênio, e demais autoridades, o governador falou de sua alegria por fazer parte desse grande encontro. Trata-se, segundo Marconi, de momento único, que remete ao congraçamento de atletas de 200 países com nossos irmãos brasileiros. “Que Deus abençoe a todos”, desejou, ao lado ainda do carateca vilaboense Rogério Damázio, que vai representar o Brasil em Dublin, na Irlanda, e do secretário de Assuntos Institucionais, Sérgio Cardoso.

A Tocha Olímpica chegou à entrada da Cidade de Goiás por volta do meio-dia, oriunda de Itaberaí, por onde também percorreu ruas e avenidas. Na antiga Vila Boa, foi recebida ao som de “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, executada pela Banda da Polícia Militar.

Lanterna dourada

Os estudantes Luís Henrique Dourado, Samantha Receba, ambos de 14 anos, e Mikaela Moura, 20, ficaram encarregados de passar a chama da lanterna dourada, que veio em um caminhão da organização, para a tocha do professor Paulo Pereira dos Santos, o “Paulo Balinha”, 81, um dos 30 cidadãos vilaboenses que tiveram o privilégio de carregar o símbolo. “Espetacular”, definiu o atleta, conhecido na cidade por formar “jogadores amadores” há mais de 50 anos.

A Tocha Olímpica percorreu seis quilômetros dentro da cidade, passando pelo Centro Turístico e adjacentes, incluindo as Praças do Chafariz e do Coreto; seguiu pela Igreja do Rosário, Iphan, Mercado Municipal, até chegar à Praça do Areião, finalizando no ponto de chegada. No percurso, além dos moradores e de cerca de 4 mil estudantes, manifestações da cultura brasileira e local, como os Farricocos, receberam também a Tocha no Coreto, foliões, congo, capoeira, entre outros.

Ainda no Coreto, onde foi montado um pequeno palco para as autoridades, outro momento de emoção, quando uma moça, moradora da cidade, lembrou Cora Coralina, ao declamar o poema “Minha Cidade” (Eu sou aquela menina feia da Ponte da Lapa…) e os cantores Pádua, Fernando Perillo, João Caetano e Maria Eugênia, das janelas do Palácio Conde dos Arcos, cantaram “Goiás no Coração”. Da cidade de Goiás, o fogo olímpico foi levado a Inhumas, e, de lá,  para Goiânia.

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo