Municípios devem elaborar Plano de Mobilidade Urbana

“Não importa o tamanho do município. Se houver pedestres, já é necessário se importar com o trânsito”. Com esta frase, o representante da Coordenação-Geral de Planejamento Normativa e Estratégico do Sistema Nacional de Trânsito (CGPNE) do Denatran, Ricardo Junqueira, iniciou a primeira mesa-redonda do Workshop de Mobilidade Urbana e III Seminário de Trânsito e Saúde Pública.

Junqueira conclamou os municípios goianos a se integrarem ao Sistema Nacional de Trânsito, ainda que tenham menor número de habitantes. Ele afirmou que apenas 26% dos municípios brasileiros se encontram regulares e que as prefeituras têm grande responsabilidade sobre esse dado. Junqueira expôs que o Pacto Nacional pela Redução de Acidentes não conseguiu diminuir o número de óbitos no trânsito e que somente a integração de 100% dos municípios ao sistema de trânsito poderá melhorar a realidade do trânsito no País.

Na sequência, o diretor do Departamento de Cidadania e Inclusão Social da Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana no Ministério das Cidades, Marco Antônio Motta, apresentou aos gestores municipais o passo a passo para elaborar o Plano de Mobilidade Urbana a ser desenvolvido e executado por cada município goiano. Ele esclareceu que na Política Nacional de Mobilidade Urbana, que aponta a direção que todos os municípios brasileiros precisam seguir, indica que a prioridade no trânsito deve ser dada aos pedestres, aos ciclistas e ao transporte público coletivo.

Estatísticas

Dentro da programação do Workshop de Mobilidade Urbana, o diretor técnico do Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), Paulo Guimarães, e a coordenadora do Observatório de Mobilidade e Saúde Humanas de Goiás, Maria de Fática Rodrigues, apresentaram aos gestores municipais dados estatísticos sobre acidentes no trânsito e o impacto que causam na sociedade e no sistema público de saúde.

O doutor em saúde coletiva Otaliba Libânio apresentou o perfil e tendência da mortalidade por acidentes de trânsito no Brasil. Otaliba destacou que a categoria mais vitimada no trânsito é a de motociclistas e não mais a dos pedestres, como era em 2004. Segundo o palestrante, a mudança no perfil é fruto de campanhas educativas para os pedestres e de mudanças sociais como o aumento da renda que propiciou o aumento do número de motocicletas nas ruas.

Governo na palma da mão

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