Moradias construídas pelo Governo fortalecem identidade coletiva da população quilombola

Com atendimento às demandas de habitação das comunidades quilombolas nas mais diversas regiões do Estado, o Governo de Goiás contribui para reforçar ações afirmativas e de inclusão de social com a conquista da moradia digna. A Agência Goiana de Habitação (Agehab), executora da política habitacional do Governo de Goiás, está desenvolvendo projetos em vários municípios, a exemplo de Uruaçu, na região Norte, que recebeu em junho o primeiro residencial construído pelo governo estadual para atender famílias quilombolas que vivem na área urbana do município.

Uruaçu é berço de uma das mais antigas e numerosas comunidades quilombolas urbanas de Goiás. São cerca de 300 famílias remanescentes do berço do Pombal, representadas pela Associação Comunidade Quilombola Urbana João Borges Vieira, entidade certificada pela Fundação Palmares e que atua no fortalecimento da identidade e dos direitos das famílias. Na avaliação da presidente da Associação Comunidade Quilombola Urbana João Borges Vieira, Domingas Gouveia, moradia é fator de agregação e fortalecimento de vínculos comunitários, impactando diretamente na autoestima das famílias, como ocorrido no Residencial Quilombola João Borges Vieira, entregue às famílias em junho deste ano pelo governador Marconi Perillo e o vice-governador José Eliton.

Goiás possui atualmente 47 comunidades remanescentes de quilombos certificadas pela Fundação Cultural Palmares. No país, são 3.020 comunidades. Esses grupos buscam, de forma organizada, acessar as políticas públicas que garantam a permanência em seus territórios, a sustentabilidade econômica, soberania alimentar e fortalecimento cultural. As parcerias com as associações quilombolas são uma realidade em Goiás e por meio da Agência Goiana de Habitação, ações de construção e reforma de unidades habitacionais têm sido possíveis, frisa Luiz Stival. Em municípios como Uruaçu, Piracanjuba, Cavalcante, Monte Alegre, Teresina de Goiás, Flores de Goiás e Niquelândia, as parcerias firmadas com as associações quilombolas efetivaram cerca de 600 moradias, entre reforma e construção, totalizando mais de R$ 4,1 milhões em investimentos do governo estadual.

Kalungas de Cavalcante


Outras iniciativas na região dos Kalunga, Vão do Moleque, no Nordeste do Estado, foram desenvolvidas pela Agehab, como a reconstrução de 27 casas atingidas pela enchente do rio Prata no início de 2016, num território de aproximadamente 900 quilômetros quadrados e de difícil acesso. Essa comunidade é formada por descendentes de escravos que se estabeleceram na região ainda no Século 19 e se estende por vários municípios goianos, hoje com uma população geral estimada em 5 mil pessoas. Decorridos mais de 30 anos dos primeiros contatos, essas comunidades ainda vivem em situações de vulnerabilidade social e aos poucos se integraram aos municípios goianos nos quais estão localizadas, nas zonas rurais dos municípios de Cavalcante e Teresina de Goiás, distante 600 quilômetros de Goiânia.

Também no território Kalunga, 70 famílias da comunidade do Prata foram beneficiadas com uma parceria entre a Agehab e a ONG Litros de Luz, em agosto deste ano, que trouxe iluminação pública sustentável e econômica com implantação de postes de iluminação por voluntários da ONG com garrafas plásticas, painéis solares e lâmpadas de LED. A ONG atuou na região com todo o suporte da equipe da Agehab.

Governo na palma da mão

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