Na agenda da missão comercial ao Cone Sul, o governador Marconi Perillo foi recebido na terça-feira (12/9) em Buenos Aires pelo presidente do Senado da Argentina, Francisco Pinedo. Marconi foi ao parlamento acompanhado do presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Pedro Alves, pelo deputado estadual Jean Carlo e pelo padre Rafael Magul, líder da Igreja Ortodoxa São Nicolau.

Pinedo e Marconi fizeram uma avaliação do momento político e econômico vivido pelos países sulamericanos e os esforços de seus países para garantir a retomada do crescimento. O governador falou sobre as medidas adotadas em Goiás para a superação dos efeitos da crise econômica brasileira e fez um relato sobre as oportunidades de negócios entre empresários argentinos e goianos.

Durante a reunião, o presidente do Senado demonstrou seu interesse em conhecer Goiás e de imediato agendou uma visita oficial para março do ano que vem. Marconi agradeceu a disponibilidade, afirmou que vai propor uma agenda profícua para as duas instituições públicas e colocou o Governo de Goiás, por meio de seu Gabinete de Relações Internacionais, para auxiliar Pinedo nas providências.

Sindfargo elogia missões

O presidente do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo), Heribaldo Egídio, que acompanha o governador Marconi Perillo na missão comercial ao Cone Sul, ressaltou que as missões comerciais são muito importantes, pois influenciam diretamente a economia do Estado e resultam na geração de empregos. Egídio, que também é presidente da Equiplex Injetáveis Hospitalares, destacou o fortalecimento da indústria farmacêutica goiana, e disse que os números apresentados pelo governador surpreenderam a Associação dos Laboratórios do Uruguai. Ele destacou que tanto o Brasil, quanto Uruguai e Argentina buscam o desenvolvimento de novos fármacos, o que foi discutido nas reuniões que tiveram nos dois países. “Acredito que nos próximos dias vamos agendar essas visitas dos empresários do Uruguai para conhecer de perto as plantas do Estado de Goiás”, informou.

As missões comerciais realizadas pelo Governo de Goiás tiveram grande impacto na evolução dos números do Produto Interno Bruto (PIB), da balança comercial, da geração de empregos e da expansão do total de países com os quais Goiás mantém fluxo de comércio. Nesse período, o PIB cresceu dez vezes, de R$ 17,4 bilhões, em 1998, para uma projeção de R$ 200 bilhões em 2017. O saldo da balança comercial, por sua vez, cresceu 2,3 vezes entre 2005 e 2015, de US$ 1,093 bilhão, para US$ 2,515 bilhões. O número de países para os quais Goiás exporta seus produtos cresceu duas vezes e meia, de cerca de 50, em 1998, para quase 160 nações em 2017.

Mais negócios  

O presidente-executivo do Sindicato da Indústria de Fabricação de Açúcar e de Etanol do Estado de Goiás e do Fórum Nacional Sucroenergético, André Rocha, integrante da ala empresarial que acompanha a Missão Comercial liderada pelo governador Marconi Perillo ao Cone Sul, afirmou que essa ação do Governo de Goiás se mostra cada vez mais importante.  “O governador tem procurado abrir portas para o empresariado não só goiano, mas o brasileiro”, destacou. A delegação conclui nesta terça-feira a etapa argentina da missão, que começou pelo Uruguai, e segue para a terceira e última parte das rodadas de negócios, no Paraguai.

Um bom exemplo, disse André, foi a reunião realizada na última segunda-feira entre a comitiva e o ministro da Agroindústria Argentina, Ricardo Buryaile, avaliada como excelente pelos empresários presentes. “Pudemos discutir pautas relativas à carne, couro, açúcar e leite. Assuntos que interessam o empresariado brasileiro de maneira geral. Assim tem sido todas as missões”, observou.

André comentou ainda que as missões chefiadas por Marconi procuram dar oportunidade aos empresários goianos de exportarem seus produtos, firmarem parcerias, joint ventures e também despertar o interesse de empresários locais que possam investir no Brasil, principalmente em Goiás, com geração de emprego e renda. “Temos atraído diversas indústrias. Posso destacar, especificamente no setor sucroenergético, a ampliação da British Petroleum em Edeia, que gerou investimentos de mais de R$ 700 milhões, gerando mais de 1 mil e 500 empregos diretos”, pontuou.