Marconi destaca gestão profissional como caminho para melhorar competitividade

“O Brasil está cansado de amadorismo. E vocês estão aqui como profissionais selecionados por mérito para um trabalho qualificado de gestão administrativa e política”. A crítica do atual retrato da gestão pública brasileira foi feita pelo governador Marconi Perillo, e reforçou, na sequência, a importância que o Grupo de Executivos Públicos terá no Governo de Goiás. A equipe, com os primeiros 30 profissionais que serão responsáveis pelo monitoramento da Central de Resultados, foi apresentada hoje (23/9) pelo governador.

Ao lado do secretário de Gestão e Planejamento, Thiago Peixoto, Marconi disse que o trabalho dos executivos públicos deve ser muito bem focado, e envolverá o esforço de todas as lideranças do governo, em busca de um bom resultado. Mas não é para agora. “Não queremos resultado de curto prazo, não dá. Os resultados que queremos são para daqui a três anos. Até lá, será muita transpiração e muita inteligência”, previu Marconi, em discurso na Sala de Situação, no 10º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira (PPLT), de onde ele acompanhará a execução de todas as ações prioritárias do governo.

O Grupo de Executivos é formado por servidores efetivos ocupantes de cargos de gestor, analista e assistente governamental. Eles foram recrutados por meio de processo seletivo que envolveu análise de currículos, avaliação de estudo de caso e análise de perfil pessoal, além da entrevista individual com os candidatos. No próximo dia 29 terá início, na Escola de Governo Henrique Santillo, o curso de formação para os integrantes do Grupo de Executivos Públicos, nas áreas de liderança, técnicas quantitativas, gestão de mudança, comunicação, entre outras. O curso será ministrado pelo Centro de Liderança Pública (CLP). A primeira capacitação terá carga horária de 80 horas.

Gestão política

Para o governador, a boa gestão administrativa deve estar vinculada a uma boa gestão política. “No Brasil, falta gestão política, uma questão indispensável”, destacou, ao sugerir que “é preciso ter disposição, abertura, capacidade de diálogo permanente com todos os atores da sociedade”. E deu o próprio exemplo: “Quantas vezes converso com Judiciário, Ministério Público, e todos os demais segmentos, e de todos recebo sugestões e críticas. É esta gestão política que falta ao Brasil.” De acordo com o governador, falta ao Brasil, uma liderança capaz de aglutinar politicamente a sociedade, as instituições e os poderes.

Ele também reforçou seu apreço pela ideia da participação. E mais uma vez conclamou os executivos públicos: “Não estaremos sozinhos. Queremos vocês como companhia, como líderes. Vocês vão atuar não como funcionários; atuarão como líderes, executivos em uma ação maior que é ajudar a avançar em todos os indicadores”.

Ou seja, os executivos públicos vão ajudar a melhorar todas as áreas sensíveis à qualidade de vida das pessoas. “As tarefas que nos aguardam são muito nobres, e todas relacionadas com a vida, o presente e o futuro. Vão garantir igualdade de oportunidade também para o filho do pobre”, previu Marconi, que voltou a criticar a atual situação do País no aspecto da falta de diálogo com a sociedade e também de competitividade internacional. “É impressionante o quanto o Brasil está atrasado. Então nosso desafio é grandioso. Por isso, vamos trazer todas as grandes cabeças para falar com vocês, para criar uma sinergia positiva e convergente para, a partir das boas experiências, chegar ao resultado que a gente almeja”, observou.

Por fim, fez uma revelação otimista: “Estou muito confiante nesse trabalho e gostaria muito de encerrar meu mandato tendo a satisfação de confirmar que nosso trabalho não foi em vão na educação, saúde, segurança – onde vamos melhorar ainda muito mais, enfim, em todas as áreas, principalmente na competitividade, que tem a ver com escolaridade e produtividade.”

Governo na palma da mão

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