Marconi defende redução dos juros como mecanismo para criação de empregos

Ao anunciar conjunto de 10 medidas para estimular o desenvolvimento do turismo em Goiás, o governador Marconi Perillo disse estar otimista com os rumos da economia do Brasil em 2017, mas observou que somente uma queda consistente na taxa básica de juros, a Selic, será capaz de promover aceleração na criação de novos empregos. Marconi afirmou que, apesar de os indicadores mostrarem um horizonte de recuperação do crescimento do País, o desafio de gerar empregos exige medidas mais enérgicas, como o corte na Selic.

“Defendo a redução dos juros para que possamos criar mais empregos. Com os juros altos como ainda estão não teremos condições de acelerar a criação de novos postos de trabalho. Esse é o maior desafio que o Brasil tem de enfrentar”, afirmou Marconi, em entrevista coletiva ao lado das entidades que compõem o Trade Turístico do Estado, no Palácio das Esmeraldas. O governador disse que, a partir da política de redução gradativa da taxa de básica de juros da economia adotada pelo Banco Central, é possível antever que a Selic encerrará o ano em um dígito, mas pregou mais ousadia nos cortes.

Marconi afirmou, nesta segunda-feira, dia 6, estar “bastante preocupado com a geração de empregos”, que ainda deverá levar um certo tempo. “A economia cresce entre 0,5% e 1% [índice anualizado], mas só daqui um ano pra frente é que ela começa a viabilizar os empregos”, disse o governador. “O que mais me anima é a perspectiva de que vamos ter uma boa queda nos juros. Os juros atrapalham tudo, encarecem a dívida dos estados, dos municípios, de quem precisa do crédito. Todo mundo perde e as pessoas ficam meio tímidas pra investir.”

Marconi reconheceu a vontade política da equipe econômica do governo do presidente Michel Temer no sentido de contornar a crise, mas ressaltou que esse crescimento precisa ser sustentável, amparado por reformas estruturantes, como por exemplo, a tributária. “Se não fizer a reforma tributária também não vai adiantar esse esforço. A PEC dos Gastos foi aprovada e isso é importante porque o grande problema do Brasil é esse círculo vicioso. O Brasil depende de capital externo pra financiar o déficit. Se você não aprova uma reforma agora, não vai deixar de depender de dinheiro de fora”, destaca.

Governo na palma da mão

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