O governador Marconi Perillo abriu hoje (16/11) os trabalhos de elaboração do Plano de Defesa Agropecuária (PDA) estadual, durante evento realizado na Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em Goiânia. Goiás é o primeiro Estado a iniciar as discussões do documento, após o governo federal lançar, em maio deste ano, o PDA nacional. O documento, cuja iniciativa de elaboração local é do governo do Estado junto a outras 65 instituições ligadas ao setor, visa estipular metas de desenvolvimento sustentável para o agronegócio local, garantindo segurança jurídica e alimentar, com objetivo de agregar competitividade ao setor nos próximos cinco anos.

Marconi lembrou que o PDA estadual deve introduzir um novo modelo de gestão eficiente para Goiás, capaz de fortalecer uma ação conjunta de governos e iniciativa privada; e destacou a importância do agronegócio para a economia goiana. “A agropecuária desponta como um serviço de extrema importância para o crescimento de Goiás. Hoje lideramos a produção de tomate, alho e sorgo no País; ocupamos a 3ª posição no ranking nacional na produção de milho, cana de açúcar, algodão. Na pecuária, o Estado ocupa a 3ª posição no rebanho bovino nacional, a 5ª posição na criação de suínos. Temos ainda o 2ª maior rebanho de vacas leiteiras. Mas podemos ir além destes números com um planejamento sólido”, afirmou.

O governador destacou ainda que o Estado precisa “construir um planejamento sólido e participativo, que garanta a continuidade da relevância dos produtos goianos no mercado nacional e, sobretudo, internacional pelas próximas décadas”. “Queremos maior aproximação do Estado com o produtor rural, promovendo a integração com as diversas cadeias e criando um novo conceito de oferta e demanda de alimentos conforme as novas exigências do consumidor nacional e estrangeiro. Devemos, assim, ter responsabilidades compartilhadas com os diversos segmentos e cadeias produtivas que compõem o cenário do agronegócio goiano”, disse.

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e ex-ministro da Agricultura, Francisco Turra, fez palestra sobre as perspectivas de mercado e exigências sanitárias, destacando a iniciativa pioneira do Estado em discutir seu PDA e a iniciativa do governador. “Goiás mais uma vez dá um passo pioneiro. Cumprimento Marconi Perillo de forma especial porque ele é meu amigo. Marconi tem feito um trabalho exemplar em Goiás. E se tivesse presidido este País, tenho certeza, não estaríamos enfrentado tantas crises”, afirmou.

Integração

Marconi destacou que a integração entre as 65 entidades que vão participar da construção do PDA deve avançar nas discussões sobre o setor, sem deixar de lado temas de extrema importância como o marco regulatório do agronegócio, que vai proporcionar uma maior segurança jurídica nos investimentos previstos pelas cadeias produtivas. “Com este PDA, devemos continuar dando respostas à sociedade, com o objetivo de garantir a segurança alimentar e a defesa animal e vegetal. Queremos que a agropecuária continue dando respostas positivas a todos os atores envolvidos em sua construção”, afirmou.

Durante o discurso de abertura, ele ressaltou a contribuição do setor para o crescimento recente da economia do Estado: “Nos últimos anos, vimos um crescimento significativo do setor. Grande parte pelos incrementos e diversificação na produção agrícola e das políticas públicas desenvolvidas pelo governo nos últimos anos. Tivemos ganhos de colocação no ranking da produção nacional, especialmente nas culturas relevantes, como: soja, cana-de-açúcar e milho. Vimos a realidade de diversos municípios sendo melhorada graças à agropecuária.”

Marconi disse ainda que, mesmo com o cenário de crise, a agropecuária goiana deve se destacar. “É por isso que precisamos realizar a defesa agropecuária, unindo esforços na promoção da sanidade agropecuária, da segurança alimentar e do acesso dos produtos aos mercados, em benefício da sociedade. Sem esquecer de modernização e desburocratização, dois conceitos essenciais para quem deseja se manter competitivo hoje. Isso significa informatizar e simplificar processos a fim de agilizar a tomada de decisões e reduzir em 70% o tempo entre a solicitação de um registro e sua análise final.”