Marconi abre Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas em Caldas Novas

A solução para crise hídrica passa pela gestão das bacias hidrográficas. Foi o que defendeu o governador Marconi Perillo na abertura do XVII Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, realizado na noite de segunda-feira (5/10), em Caldas Novas. Ao saudar os participantes do fórum, disse que Goiás é conhecido como “berço das águas”, porque aqui estão boa parte das nascentes do País. Marconi ressaltou a importância dos comitês de bacias, na definição das políticas de manejo da água,  e o trabalho integrado que o Governo de Goiás faz com os comitês ambientais.

O fórum reúne autoridades, pesquisadores, ambientalistas e gestores ambientais de todo o País, de hoje ao próximo dia 9, cidade das águas quentes. Os principais estados da Federação enviaram representantes, entre os quais São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O Fórum contabilizou no primeiro dia 1.503 inscrições, com a presença de 150 presidentes de comitês de bacias hidrográficas e 419 membros de comitês de bacias de todo o País.

Presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Abreu, saudou a liderança do governador Marconi Perillo na defesa da gestão racional dos recursos hídricos. “O senhor será o primeiro governador a ser chamado de governador das águas”, afirmou. Segundo ele, o lado bom da crise hídrica é o despertar para visão de que é importante gerir os recursos hídricos. “Um segundo aprendizado é a mudança do conceito de consumo de água no Brasil”.

O presidente do Fórum Nacional de Bacias Hidrográficas, Afonso Henrique Albuquerque, destacou que o fórum ocorre no momento em que o Brasil enfrenta uma grande crise hídrica na maior cidade do País, São Paulo. “Agora é imperativo a necessidade de tornar indispensável a gestão ambiental”, afirmou, ao destacar a importância dos comitês de bacias, “a base da pirâmide” da gestão dos recursos hídricos do Brasil.

Crise hídrica

Estudos científicos mostram que até 2030 o planeta enfrentará um déficit de 40% de água doce, o que torna indispensável a gestão urgente dos recursos hídricos. Relatório da ONU, divulgado este ano, mostra que a questão da gestão das águas é fundamental para garantia da oferta em todo o mundo e um dos maiores desafios da humanidade.

O secretário estadual de Meio Ambiente de Goiás (Secima), Vilmar Rocha, argumentou que a gestão da água “é uma pauta para o futuro”. Vilmar ressaltou que, de certa forma, o Brasil tem muita água, mas é fundamental um trabalho sustentável. “Goiás foi um dos primeiros Estados do Brasil a ter um Plano Estadual de Recursos Hídricos”, afirmou, ao ressaltar que Goiás conta com 11 comitês de bacias hidrográficas. “Em Goiás estamos fazendo o dever de casa”, disse Vilmar.

No Brasil, especialistas já apontavam desde 2001 o agravamento da crise hídrica, que se traduz no aumento do preço da energia elétrica e da escassez de água potável às populações. Pesquisas revelam que mesmo que chova muito acima da média nos próximos cinco anos e os reservatórios voltem à capacidade máxima, é imprescindível que a gestão das bacias hidrográficas saia do papel e se torne uma realidade.

Governo na palma da mão

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