Lançado o Projeto CGE Sustentável

Projeto marca início das atividades sobre o Meio Ambiente na Controladoria-Geral do Estado

 

A Controladoria-Geral do Estado (CGE) deu o pontapé no projeto CGE Sustentável na manhã desta quarta-feira (5/6), no auditório Jaime Câmara (9º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira), com a palestra “Cerrado, evolução, água e planejamento”, proferida pelo professor Altair Sales Barbosa, seguida pelo lançamento da campanha “Adote uma caneca no trabalho”. O projeto, idealizado pela equipe de gestão de pessoas da CGE, contempla várias ações e atividades que serão desenvolvidas a partir deste mês de junho, no qual se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho).

Doutor em antropologia e em arqueologia pela Smithsonian Institution de Washington D.C. (EUA), o professor Altair Sales tem um vasto trabalho em defesa da antropologia, da arqueologia e do meio ambiente, em especial do cerrado. Fundador do Memorial do Cerrado e do Instituto do Trópico Sub-úmido, o docente da PUC-GO trouxe informações aos servidores da CGE relacionadas à situação do cerrado na atualidade, “um sistema biogeográfico, com mais de 60 milhões de anos, que não se regenera”, destacou.

De acordo com ele, o cerrado é a verdadeira “caixa d’água do Brasil” – ou “pelo menos era”. O sistema é responsável pela retenção da água e distribuição para todas as bacias do continente: Amazônica, do São Francisco, do Paraná e inúmeras bacias independentes. “A Bacia Amazônica, com todos os seus afluentes, tem suas nascentes, seu curso médio, situado na região do cerrado. Também os rios Paraná e São Francisco – praticamente todas essas águas se encontram na parte mais alta do Planalto Central brasileiro, que é em Formosa. Formam a Reserva Biológica das Águas Emendadas, com águas do São Francisco, do Araguaia e assim sucessivamente”, explicou.

Para o professor, infelizmente, o cerrado é vítima da expansão da fronteira agrícola que, de forma desenfreada, tem consumido o sistema biogeográfico de forma irreversível. “É agronegócio sem zoneamento adequado. Na verdade é possível conciliar meio ambiente e agronegócio sadio, mas tem que haver um mapeamento agroecológico para que não haja efeitos nocivos à natureza”, ressaltou.

O professor considera que a forma com que a humanidade tem lidado com o planeta, promovendo o consumo excessivo e desenfreado e a depredação dos recursos naturais, levará a espécie humana a uma rápida extinção. “O planeta não precisa de nós, somos nós que precisamos dele. E, da forma que estamos fazendo, não vamos durar muito tempo aqui não. Para que tenhamos uma sobrevida de alguns séculos, seriam necessárias mudanças imediatas em nossa forma de organização social e de ocupação do planeta”, avalia.

Caneca
Ao término de sua fala, o professor Altair recebeu das mãos do controlador-geral, Henrique Ziller, uma caneca, feita de fibra de coco, com a logomarca do projeto CGE Sustentável. Ziller agradeceu a presença do professor, “que trouxe sérias advertências, neste dia que é de reflexão para todos nós”.

Além da caneca, distribuída a todos os servidores e colaboradores da CGE, o projeto prevê ainda três atividades neste mês de junho: divulgação de notícias, na intranet e nas redes sociais da Controladoria, sobre o meio ambiente, na perspectiva de sensibilizar os servidores do órgão e a população para integrar a luta pela preservação dos recursos ambientais a partir de ações que estão ao alcance de cada um; sessão de cinema, seguida de bate-papo, sobre o filme Mad Max – A estrada da fúria, no Espaço Entre (sala do servidor da CGE), dia 14/6, das 13 às 16 horas e um concurso de fotografia, nas modalidades “natureza” e “impacto do homem no meio ambiente”.

Além disso, o superintendente de Gestão, Planejamento e Finanças, Edinilson Lins, relatou diversas ações que a CGE tem adotado para diminuir o impacto ambiental, “ainda que de forma simbólica, mas necessária, para despertar nas pessoas, órgãos e instituições aquilo que cada um pode e deve fazer para contribuir com o meio ambiente”.

Entre as ações, foram citadas a eliminação da quase totalidade dos copos descartáveis na Controladoria, com economia gerada estimada em R$ 3.000 anual (15 mil copos descartáveis deixaram de ser utilizados e descartados na natureza); a distribuição, para os servidores da pasta, de canecas de fibra de coco em substituição aos copos descartáveis (Campanha Adote sua Caneca no Trabalho) e a aquisição de 50 lâmpadas de LED para substituição de lâmpadas incandescentes ou fluorescentes (serão gradativamente substituídas conforme as lâmpadas apresentarem defeito).

 

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