Impeachment reflete vontade da esmagadora maioria dos goianos

Logo após a cerimônia de assinatura de convênio com a Associação Goiana de Combate ao Câncer, o governador Marconi Perillo falou com os jornalistas sobre a aprovação, na Câmara dos Deputados, domingo passado, do prosseguimento do impeachment da Presidente Dilma Rousseff. Lembrou que sempre evitou falar sobre o tema, por não ser parlamentar e não participar do processo de votação. “Eu não voto, não é decisão minha”, explicou.

Disse também que o resultado representa a vontade da população de todo o País. “Acho que o resultado reflete também a vontade da imensa e esmagadora maioria dos goianos”, afirmou, ao ressaltar que os votos da bancada de apoio ao governo estadual foram todos favoráveis ao impeachment.

Para Marconi, o processo que deve ir para o Senado no próximo domingo é reflexo da inquietude da população em relação ao governo federal, à crise econômica e à corrupção no Brasil. “Percebemos que a população brasileira está inquieta e cansada com a crise econômica, política e moral instalada no Brasil. A decisão da Câmara foi uma resposta a essa inquietude e ansiedade dos brasileiros”, avaliou.

Opinião pública

Com base em sua experiência de parlamentar, disse que a opinião pública e as redes sociais têm hoje grande influência nas decisões parlamentares e que, dessa forma, acha que o processo no Senado deverá ter o mesmo destino que o obtido na Câmara.

Questionado sobre o futuro, o governador salientou que defende, há muito tempo, uma reforma política, que acabe com as coligações proporcionais, com a grande quantidade de partidos, e que tenha uma agenda clara quanto ao financiamento público de campanha e a criminalização do Caixa 2.

Afirmou que, caso um novo governo assuma, serão necessárias mudanças imediatas na máquina pública, como a redução de ministérios, de cargos públicos, bem como a montagem de uma equipe de alto nível para retomar o crescimento no Brasil.

Sobre um eventual governo Temer, Marconi disse ainda que terá a responsabilidade de fazer uma administração de transição que dê suporte para que o País volte a crescer. “Se Temer assumir a presidência, deve anunciar na primeira hora que não será candidato a mais nada, e que terá como objetivo fazer a transição e levar o Brasil a um porto seguro”, sugeriu. “Essas são premissas fundamentais para que possamos ter uma administração com credibilidade, que retome a esperança, que tenha uma agenda econômica capaz de dar a volta no desemprego e na inflação. E que o Brasil volte a ser de fato a grande nação que ele deve ser.”

Governo na palma da mão

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