IMB/Segplan faz análise do emprego formal em Goiás no ano de 2014

O estoque de empregos formais em Goiás de 2004 a 2014 cresceu 60%, com geração de cerca de 570 mil postos de trabalho. Esta é a conclusão de um estudo realizado pela Gerência de Estudos Socioeconômicos e Especiais do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan). Os resultados mostraram que a renda média do trabalhador goiano teve aumento real, ou seja, acima da inflação do período. Em 2014 o aumento foi de 3,85%, superior aos reajustes médios da Região Centro-Oeste e do Brasil. Além disso, a remuneração mediana do trabalhador formal cresceu 2,89%, passando de 1,73 em 2013 para 1,78 salário mínimo em 2014.

O estudo do IMB/Segplan mostra os principais resultados do comportamento do emprego formal no ano de 2014, a partir dos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Previdência Social. Foram abordados os variados aspectos sobre o emprego formal em Goiás: geográfico, ocupacional, setorial, por vínculo, características individuais, por tipo e tamanho do estabelecimento. As principais variáveis analisadas foram: renda (média e mediana); frequência (número de vínculos empregatícios); rotatividade e tempo de emprego.

Ao avaliar os dados de geração de empregos por espaço urbano ou regiões econômicas, os estudiosos do IMB observaram que a microrregião de Anápolis liderou em 2014, com a criação de 5.292 novos postos de trabalho, uma variação de 4,05% em relação ao estoque de 2013. Dentro da microrregião, o município de Anápolis foi o que mais contribuiu para o bom resultado, com geração de 3.351 novos postos de trabalho. O município é um dos mais dinâmicos de Goiás, é referência na indústria e na logística, ao ser atendido por importantes eixos de transportes.

A análise por setor mostrou que cinco dos oito setores econômicos expandiram o nível de emprego formal em 2014. O setor de Serviços foi o que mais gerou empregos, saldo de 20.414 postos de trabalho. A Administração Pública teve a maior alta na remuneração média do trabalhador, ganho real de 9,87%, com uma variação maior para os homens.

Por empregar grande contingente de trabalhadores na agropecuária e na agroindústria, além da construção civil – setores que tradicionalmente empregam pessoas de menor instrução e remuneração – o porcentual de trabalhadores formais com nível superior em Goiás era, no ano em análise, um dos mais baixos do país (16,86%), se comparado com as outras unidades da Federação. Nessa linha, apenas 36,08% dos trabalhadores goianos possuíam apenas o nível fundamental, em 2014.

Mulheres

Embora a presença da mulher seja crescente no mercado de trabalho e a diferença da remuneração média tenha diminuído, se comparado aos trabalhadores do sexo masculino, a participação das trabalhadoras no mercado de trabalho goiano ainda era de 43%, segundo os dados da RAIS de 2014. Mas a Administração Pública, que é um grande empregador em Goiás, a participação de trabalhadores do sexo feminino já ultrapassa 60%. Quanto à remuneração, as mulheres recebiam salários médios que representavam 86% da média salarial masculina.

A rotatividade no trabalho é outra informação apontada pelo estudo. Em média, o trabalhador goiano era desligado com cerca de um ano e quatro meses no emprego, ante um ano e meio em nível nacional. Foi uma das médias de permanência mais baixas do país, a 22º dentre as 27 unidades da Federação, em 2014. Esta alta rotatividade está associada ao perfil produtivo da economia goiana, principalmente das atividades econômicas ligadas à agropecuária e agroindústria. Os dados de desligamento mostraram que 18,15% dos desligamentos aconteceram devido ao término do contrato de trabalho, ou seja, sem interrupção provocada por nenhuma das partes interessadas.

Os dados da RAIS, compilados pelos técnicos do IMB, ainda mostram a força dos micro empreendimentos em Goiás. Os estabelecimentos que possuem de um a nove empregados, representavam 73,35% de todos os estabelecimentos no Estado e respondiam por 21,03% do estoque de empregos formais do ano de 2014. O estudo completo pode ser conferido no site do IMB – www.imb.go.gov.br

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