Goiânia vai sediar encontro internacional de Palhaçaria e Comicidade

Mestres palhaços de sete países, nas Américas e Europa, integram a quinta edição do Na Ponta do Nariz – Festival Internacional de Palhaçaria e Comicidade, entre 17 de junho e 1º e julho, em diversos espaços da capital goiana. O festival será lançado na próxima terça-feira (7/6), às 9 horas, no Culturama, quando será divulgada a programação de espetáculos, durante café da manhã para artistas e imprensa.

Jango Edwards (EUA), Leo Bassi (Itália), Chacovachi (Argentina), La Bandita Alegre (Chile), Jader Guerra (Colômbia), Pepe Picaporte (Costa Rica) são mundialmente conhecidos pelo trabalho ácido, político, irreverente e provocativo. Contrariando a imagem mais difundida do palhaçado (clown), que provoca afetividade e ternura, a comicidade destes artistas é mais inspirada no espírito grotesco do bufão.

No festival, que também é composto por sete atividades formativas de média e longa duração, o Brasil é representado por um grupo de palhaços indígenas (Associação Hôtxua Companhia Ihkên), Miquéias Paz (DF) e por artistas goianos. Nu Escuro, Cia Teatral Oops!.., Grupo Teatro Sonhus Ritual e Débora de Sá estão entre os espetáculos programados.

Dirigido pelo ator Thiago Moura, cofundador do Grupo Bastet, o Na Ponta do Nariz foi criado como espaço de aprofundamento e pesquisa da linguagem do palhaço e do ator cômico. “Tudo o que temos no programa é processo formativo. Os espetáculos existem aqui para o compartilhamento de conhecimentos e o exercício estético. Os cursos, na maioria intensivos e com carga horária consistente, fazem parte, portanto, da estrutura central do projeto”, esclarece.

Segundo ele, o maior desafio do festival foi trazer para Goiânia alguns dos melhores artistas do mundo para oferecer aos profissionais locais espaço e tempo adequado para aperfeiçoamento técnico e enriquecimento estético. Thiago Moura conta que, diferente dos anos anteriores, em 2016, os mestres palhaços convidados vão permanecer na cidade durante todo o festival, ampliando possibilidade de troca de experiências por meio da convivência.

Tradicionalmente, o Na Ponta do Nariz inicia atividades com ocupação do espaço urbano, por meio da intervenção chamada Palhaceata, que se desloca entre a Praça Cívida e a Praça Universitária, com paradas para performance. Este ano, a marcha pela cidade sustentável ganha um desfecho inspirado no ritual Burning Clown que, na versão do festival, ganha contornos de manifestação pelos direitos humanos (etnia, meio ambiente, gênero, sexualidade).

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