Fiscais da Secima fecham cerco a crimes contra a fauna silvestre

As operações de combate à captura e comércio ilegais de pássaros silvestres estiveram em alta durante o primeiro semestre do corrente ano. É o que aponta o relatório da Gerência de Fauna e Recursos Pesqueiros da Secima, publicado esta semana. De janeiro a junho, a fiscalização da Fauna realizou dez operações (Operação Pireneus, Operação Rota 80, Operação Jacaré, Operação Rota Nova, Operação Rota Polis, Operação Rota Cida, Operação Rubi, Operação Roma, Operação Rota Cida II e Operação Vidiu). Neste período, foram aprendidos um total de 498 aves de 26 espécies diferentes, totalizando R$ 571 mil em multas (veja a lista abaixo). Uma das espécies mais apreendidas é a Sicalis flaveola brasilienses (canário da terra), muito usado também em rinha.

Em Goiás, existem atualmente 8.227 criadores amadores de passeriformes cadastrados no Sistema Gestão de Criadores de Passeriformes Silvestres (Sispass), sendo que apenas 5.180 se encontram em situação de Licença Regular. A Secima, por meio da Ouvidoria e da Linha Verde do Ibama, recebe em média de 130 denúncias por ano de crimes contra a fauna silvestre, a maioria se concentra nas grandes cidades como Goiânia e Região Metropolitana, Anápolis, Rio Verde e entorno de Brasília.

O comércio de vida silvestre, incluindo a fauna, a flora e seus produtos e subprodutos é considerada a terceira maior atividade ilegal no mundo, atrás apenas do tráfico de armas e de drogas. Vale ressaltar que, conforme a Lei 9.605/98 de Crimes Ambientais, combinada com o Decreto Nº 6.524/2008, a multa para quem é flagrado com aves silvestres sem autorização dos órgãos competentes é de R$ 500 por cada espécime que não esteja nas listas oficias de risco ou ameaça de extinção. A multa sobe para R$ 5 mil por animal de espécie ameaçada de extinção.

Governo na palma da mão

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