Em São Paulo, Marconi defende avanço da indústria de etanol em Goiás


 

Integrando o grupo de três governadores que participaram dos debates da edição 2015 do Ethanol Summit, realizada na segunda e terça-feira (6 e 7 de julho)  em São Paulo, o governador Marconi Perillo se comprometeu  a adotar políticas públicas com vistas a aumentar a diferença entre o preço da gasolina e do etanol para que Goiás se aproximem da matriz energética de São Paulo.

Palestrante da plenária “Reconquistando Competitividade: Como os Governos Estaduais Podem Contribuir”, que também abriu espaço para apresentações dos governadores Geraldo Alckmin (São Paulo) e Beto Richa (Paraná), e foi mediada pelo jornalista William Waack, Marconi Perillo disse que os governos estaduais podem atuar de maneira mais decisiva e articulada na defesa de fontes energéticas alternativas.

“Embora a situação econômica e financeira da maior parte dos Estados não seja nada confortável neste momento de crise que passa o Brasil, os governos estaduais podem contribuir muito para a competitividade do setor. Nós, governadores, temos a obrigação de oferecer uma política fiscal acirrada, acompanhada de estratégias de captação de investimentos construídas sobre a égide do planejamento, para fomentar um setor que muito contribui para a geração de empregos”, discursou.

Avanço em Goiás

Convidado também na edição 2011 do Ethanol Summit, o governador de Goiás apresentou nesta terça-feira dados comprovando avanços no setor goiano e afirmou que os governos têm capacidade de oferecer logística compatível, pela viabilização dos meios de escoamento, e níveis satisfatórios de mão de obra para o setor, com a implantação de programas de capacitação.

Ele lembrou que, em março deste ano, seis dos sete maiores Estados produtores de etanol e açúcar se reuniram em Goiânia para avaliar a situação do setor. Além de Goiás e os Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Alagoas chegaram à conclusão de que a falta de políticas de competitividade por parte da União compromete a redução de custo da produção e dificulta a recuperação de preços.

Marconi ressaltou que a produção de cana-de-açúcar cresceu dez vezes nos últimos 15 anos e o número de indústrias em Goiás triplicou. “Isso tem a ver com as políticas que nós adotamos em Goiás, no Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná. Foi com base nestas ideias que Goiás chegou ao atual posto de 2° maior produtor de cana e de etanol do País; e 4° maior produtor de açúcar”, disse Marconi.

Marconi criticou a política energética do governo federal por não priorizar o setor e afirmou que é papel fundamental dos Estados se unirem em prol do desenvolvimento e incremento da competitividade do setor sucroenergético no Brasil. “Com a falta de uma política nacional em relação a essa matriz energética, se não fossem os governos estaduais com certeza a situação seria muito pior. Nós tomamos muitas medidas para dar competitividade ao setor, além da pressão legítima que nós exercemos junto ao governo federal”, disse Marconi.

O governador disse ainda que o governo federal não deve se esquecer que a matriz energética de qualquer país deve ser ampla e se sustentar no respeito às regras ambientais. “É neste cenário que os governos estaduais têm papel ímpar para o desenvolvimento do setor sucroenergético”, declarou.

Ethanol Summit

Lançado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) em 2007 e realizado a cada dois anos, o Ethanol Summit é um dos principais eventos do mundo voltados para as energias renováveis, particularmente o etanol e os produtos derivados da cana-de-açúcar.

O encontro reúne empresários, autoridades de diversos níveis governamentais, pesquisadores, investidores, fornecedores e acadêmicos do Brasil e do exterior. Devem participar do evento ao longo da semana cerca de 1.500 pessoas para acompanhar quase uma centena de palestras, apresentações, discussões e debates que vão acontecer em grandes plenárias, painéis temáticos e cerimônias de abertura e encerramento, além de eventos paralelos.

Governo na palma da mão

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