Em coletiva, Marconi fala sobre temas atuais e diz como governo está agindo

Em entrevista coletiva hoje (24/4) no 10º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, o governador Marconi Perillo voltou a prestar solidariedade à família da jovem Nathália Zucatelli, vítima de latrocínio na última segunda-feira à noite, em Goiânia, e às de todas as vítimas da violência dos últimos tempos no Estado. Falou dos bons resultados da missão comercial que empreendeu recentemente à Austrália e à Nova Zelândia, e disse que assim que o período chuvoso passar o programa Rodovida será retomado e até o final deste ano as rodovias goianas estarão consertadas.

O governador também rebateu os boatos que circularam nos últimos dias sobre a participação do governo de Goiás no financiamento da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, que prestou homenagem a Zezé Di Camargo e Luciano, enfatizou que nenhuma Organização Social será chamada para gerir a Educação em Goiás se não tiver competência para tal e fez um balanço das dificuldades enfrentadas pelo governo em função da crise econômica que assola o Brasil, segundo ele, “a maior da história recente do País”. Confira os temas tratados.

Solidariedade

O governador Marconi Perillo voltou a prestar solidariedade à família da estudante Nathália Zucatelli, vítima de latrocínio na noite da última segunda-feira, em Goiânia, e estendeu suas condolências a outras vítimas da violência em Goiás, durante a coletiva.

“Já fiz isso ontem (terça-feira) por nota. Mas quero prestar aqui minha solidariedade individual, da minha família, do governo de Goiás, de toda a nossa equipe à família da estudante Nathália Zucatelli.  Estendo a todas as outras vítimas, civis e militares. E também às famílias dos policiais Antônio Moreira e Oscar Charife. São vítimas da intolerância, da violência, da maior crise econômica já vivenciada no Brasil nos últimos tempos”, afirmou.

“Vamos continuar agindo com elevado espírito público para desvendar essa atrocidade contra a Nathália no menor tempo possível, como fizemos em outros crimes, como desvendamos a série de assassinatos contra as mulheres em Goiânia. Nossa polícia é séria, competente e esforçada. Sabemos que isso não vai devolver a vida da Nathália, mas vamos nos empenhar” para resolver o caso, destacou.

Segundo ele, há um esforço constante das polícias em reduzir os latrocínios em Goiás. “Ano passado, em Goiânia, houve uma redução de 25%. Mas infelizmente esse tipo de crueldade continua. Isso causa profunda dor e indignação. Condenamos e lamentamos a banalização desses crimes. A política vai atuar com mais rigor para dar paz às famílias e não permitir que os bandidos tirem o sossego de todos.”

Missão comercial

O governador Marconi Perillo avaliou hoje a missão comercial do governo de Goiás para Austrália e Nova Zelândia como bem sucedida e estratégica para o Estado.  “Vai abrir as portas para o Estado e para o Brasil. Esses países são fortes na agricultura, mas estão apostando muito na área de tecnologia, inovação e educação. Goiás tem a ganhar com isso”, avaliou.

Segundo ele, uma série de reuniões e seminários poderá resultar na inclusão do Estado na agenda de prospecção de investidores desta parte do mundo. “Tivemos reunião com empresários, presidente de parlamentos, ministros, e realizamos um seminário em cada país. Falamos sobre nossas potencialidades, divulgamos vídeos e números. Vários interlocutores disseram que incluiriam Goiás e o Brasil em sua agenda de investimentos”, revelou.

Ressaltou que Austrália e Nova Zelândia são hubs (centro logísticos) da Ásia, continente que concentra um mercado consumidor superior à metade da população do planeta. “Eles podem ser importantes parceiros no processamento de matérias-primas e joint-ventures para empresas instaladas em Goiás”, disse.

Ele destacou que foi acompanhado por apenas dois auxiliares do governo e que missões são importantes canais de divulgação do Estado. “Nesses lugares, pouco se conhece do Brasil. Se conhece algo sobre São Paulo, Rio e Brasília. Não conhecem nada de Goiás. Por todos estes os aspectos, valeu apresentar nossa economia e nossos países”, afirmou.

Rodovias

Ele afirmou hoje que a terceira etapa do Rodovida, programa de reconstrução das rodovias estaduais, já conta com recursos assegurados para sua continuidade. “Estamos com recursos assegurados para o Rodovida 3, à medida que as chuvas acabarem e concluirmos a operação de crédito com o governo federal”, disse.

Ele destacou que a expectativa é de que este assunto seja superado em breve. “Não tivemos recursos para concluir o programa Rodovida 3. Felizmente, conseguimos recursos para manutenção de rodovias e já iniciamos o trabalho. Espero que até o fim do ano esse assunto saia da pauta”, afirmou lembrando ainda que o governo reconstruiu quase 5 mil quilômetros no governo anterior, em todo o Estado.

Carnaval

O governador Marconi rechaçou com veemência os boatos de que o Estado tenha colaborado com a escola de samba do Rio de Janeiro (Imperatriz Leopoldinense) que homenageou a dupla Zezé Di Camargo e Luciano. “Sei que isso já foi debatido, falado e desmentido. Mas eu queria rechaçar com veemência a mentira implantada sobre a possibilidade do governo estadual ter colaborado com a escola de samba que homenageou a dupla Zezé Di Camargo e Luciano. Isso não ocorreu”, disse, observando que o Governo dispõe dos mecanismos de transparência para que as pessoas comprovem isso.

Disse que o governo não compactua com a disseminação de informações falsas, inclusive de que levou 300 pessoas. Disse que há como comprovar que nem assessores foram com ele: “Os que têm acesso aos sites e informações do governo sabem que isso não é verdade. Não compactuamos com isso. Nossos problemas são enfrentados com clareza. O maior deles é o da segurança pública, que a gente está enfrentado há muito tempo”, disse.

OS na educação

O governador Marconi Perillo frisou hoje que nenhuma Organização Social (OS) sem qualificação, idoneidade e histórico vai ser chamada para dirigir a gestão das escolas públicas de Goiás. “Amanhã (quinta-feira, dia 25) a professora Raquel terá outra reunião com sua equipe. Se chegar à conclusão de que as OS não têm as credenciais para gerir escolas, elas não vão ser credenciadas”, afirmou.

Explicou que, caso todas sejam descredenciadas, serão feitos novos chamamentos até que se encontrem entidades que preencham todos os requisitos e que “possam transformar a educação de Goiás numa educação diferenciada e diferente desta mesmice que temos no Brasil”. “Estamos atentos às recomendações do Ministério Público e ao documento que a Editora Abril divulgou. Mas garanto a todos que não vamos precipitar nada. Se tivermos qualquer dúvida, vamos adiar e fazer novos chamamentos”, afirmou.

Momento econômico

Ele avaliou a atual crise econômica como a maior da história recente do País. “Nem a depressão de 1929 foi tão grave como esta vivenciada agora. Todos nós imaginávamos um PIB negativo de 2% nesse ano. Agora já estamos com uma projeção de -4% este ano. Receitas vão caindo e os governos tendo mais limitações. Vivemos uma crise terrível. Não dá para negar isso”, afirmou durante a  coletiva.

Marconi avaliou que a crise afeta a economia de todos os Estados. “Não podemos dissociar a realidade de Goiás com a do Brasil. Goiás experimentou 20 anos crescendo empregos. Infelizmente, tivemos saldo negativo ano passado. Temos um PIB que cresce mais que o do Brasil (em termos percentuais), mas mesmo assim foi negativo (na comparação com anos anteriores). Nossa receita real foi negativa no ano passado. Porque não vivemos numa ilha”, disse.

Ele destacou ainda o efeito disso para os Estados: “Temos um planejamento para 2016. Em fevereiro as contas fecharam com R$ 100 milhões a menos de receita, com 26% a menos de arrecadação no varejo e 10% a menos de consumo de energia elétrica. As pessoas não estão consumindo. A crise é muito grave. Estamos fazendo o possível em enxugamento de gastos e otimização de recursos”.

Governo na palma da mão

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