Em Catalão, Marconi prega construção de novo caminho para a educação

“Eduquem as crianças para que não seja necessário punir os adultos”. Foi com essa célebre frase de Pitágoras que o governador Marconi Perillo encerrou seu discurso na abertura da quinta edição do projeto Agenda Goiás – Participação e Competitividade, na quinta-feira (3/9), em Catalão, da Região Sudeste do Estado.

No fórum, Marconi reafirmou seu compromisso com a educação e destacou que a reforma educacional idealizada pelo então secretário de Educação Thiago Peixoto, atualmente à frente da Secretaria de Gestão e Planejamento, foi decisiva para que Goiás obtivesse avanço do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), saltando da 16ª para a 1ª colocação no ranking nacional do indicador no Ensino Médio.

O governador lembrou ainda que em seus primeiros governos, conseguiu elevar a formação dos professores ao instituir inúmeros cursos de formação continuada dos professores. No entanto, ele reforçou a ideia de que é preciso dar um salto adiante que hoje esbarra no problema financeiro. “Temos um problema de financiamento. A União não pode fugir da responsabilidade e tem que viabilizar os recursos. Quando o governo federal coloca como slogan “pátria educadora” temos um ambiente propício para discutir a federalização da educação”, comentou.

Avançar mais

Na abertura dos trabalhos, o secretário de Gestão e Planejamento, Thiago Peixoto, destacou que, ao liderar a reforma educacional, fez com que Goiás desse um salto de qualidade, saindo da 16ª para a 1ª colocação no ranking nacional do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Ensino Médio. “Essa conquista me trouxe a felicidade daquele professor que dá toda atenção aquele aluno que passa dificuldade e consegue vê-lo aprender. Quem me conhece sabe que o que me moveu a entrar na vida pública foi a educação. Pela educação já corri riscos políticos e tive embates administrativos”, relatou Thiago.

A reforma educacional goiana, o chamado Pacto Pela Educação, tinha cinco pilares e 25 iniciativas que trouxeram os resultados. “As pessoas adoram falar em mudança, mas têm uma dificuldade muito grande em mudar. Conseguimos chegar ao primeiro lugar, mas podemos muito mais. Se queremos continuar avançando, é hora de discutir novos modelos de educação”, pontua o secretário. O secretário lembrou ainda que Goiás é a prova de que em um longo prazo, a educação gera o desenvolvimento econômico e social de um país, mas a aprendizagem acontece em curto prazo. “É olhando pro agora que fazemos acontecer”, finalizou.

Novos modelos

A 5ª edição do Projeto Agenda Goiás – Participação e Competitividade, contou com palestras do senador (PDT-DF), engenheiro, economista, educador e professor universitário, Cristovam Buarque, e da consultora na área educacional Wanessa Ferreira, que participou da implantação do Pacto Pela Educação, a reforma educacional goiana. Cristovam defendeu a federalização da rede pública de ensino e a educação de tempo integral enquanto Wanessa explicou das vantagens do modelo das “Charter Schools” norte-americanas.

Para o senador, é preciso “transformar nossas escolas de carroças a naves espaciais”. Mas, segundo ele, mais importante de como fazer, precisamos pensar em porque fazer. “Se não fizermos ficaremos para traz no desenvolvimento econômico e social. O Brasil está ficando para trás em competitividade por que não inovamos. Somos um país que ainda vive uma servidão tecnológica.”, afirmou.

Charter Schools

A outra palestrante do fórum, Wanessa Ferreria, destacou a importância o quão impressionante foi o salto de Goiás no último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), quando Goiás saiu da 16ª para a 1ª colocação no ranking nacional do indicador do Ministério da Educação.  “O salto de Goiás foi impressionante, mas ainda não é o ponto final. Ainda tem muito pra melhorar. Discutir essa melhora e trazer ações que estão dando certo é fundamental para que Goiás continue referência não só nacional, mas também internacional”, pontuou.

Sobre as “Charter Schools”, ela explicou que o modelo significa escolas públicas com maior autonomia, menos burocracia e mais eficiência da gestão administrativa. Segundo ela, a responsabilidade é compartilhada entre o setor público e privado. “Com esse modelo, o mesmo recurso é usado de forma mais eficiente, com mais inovação”, destacou. Wanessa lembrou ainda que as “Charter Schools” não são todas iguais. “Pode ser nova ou uma conversão de uma escola já existente. Pode ser independente ou parte de uma rede. Pode ser com ou sem fins lucrativos. Podem ter filosofias e missões diversas e com público alvo variado”, detalhou.

Governo na palma da mão

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