Diretor-Geral da ANTT diz que PPP do Expresso Pequi pode sair em seis meses

O governador Marconi Perillo ouviu na quinta-feira (3/3) do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos, que o edital para formação da Parceria Público Privada do Trem Pequi depende apenas da autorização da presidente Dilma Rousseff. “O diretor-geral nos garantiu que em seis meses, se a presidente autorizar, será licitada a PPP”, disse Marconi.

Trata-se do projeto de construção da linha para o trem de passageiros entre Goiânia e Brasília, cujo Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (Evetea) já está pronto. O encontro fez parte da agenda do governador em Brasília nesta quinta-feira, que incluiu ainda reunião na Embaixada da Espanha e nos ministérios da Fazenda e dos Transportes. Marconi disse estar muito confiante no projeto do Expresso Pequi. “Estamos insistindo, vindo aqui permanentemente, para que projeto ande, siga em frente. Se a gente não cobrar, as coisas não andam, e é o que a gente tem feito aqui, permanentemente, semanalmente”, enfatizou.

Segundo o governador, com as mudanças feitas, o novo projeto vai eliminar trens de carga e ramais em cidades como Águas Lindas e Luziânia, o que reduzirá o valor do projeto de cerca de R$ 9 bilhões para pouco mais de R$ 4,5 bilhões. A PPP prevê investimentos dos governos federal, de Goiás e do Distrito Federal, além da iniciativa privada.

Espanha

Na Embaixada da Espanha – com a secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, e o presidente da Goiás Parceria, Cyro Miranda –, o governador participou de nova rodada de apresentação das potencialidades de Goiás a empresários daquele País. “Tivemos uma reunião muito importante, da qual julgo que o interesse (dos espanhóis) em investir em Goiás é crescente. Vamos colher bastantes frutos dessas reuniões”, previu.  Em outubro do ano passado, comitiva liderada pelo governador esteve na Espanha em busca de investidores e investimentos para Goiás.

Em seguida, Marconi foi ao Ministério dos Transportes, onde se reuniu com o titular da pasta, Antônio Carlos Rodrigues. Entre os vários temas, conversaram sobre a conclusão das obras da BR-070, no trecho ligando Cocalzinho a Itaguari, e também sobre a conclusão do anel viário de Goiânia, especialmente as alças Sudoeste e Oeste.

Ainda sobre o assunto, foi solicitada ao ministro a inclusão das obras concluídas do Anel Viário no edital de licitação de concessão da BR-060. Segundo Marconi, o encontro foi auspicioso. “Houve muito boa vontade do ministro”, disse o governador, ao ressaltar que as explicações do secretário Vilmar Rocha, dele próprias e do presidente Cyro Miranda foram bastante convincentes. “Houve muito boa vontade na agilização desses projetos”, observou o governador.

Outra demanda na Pasta dos Transportes foi a construção do desvio da BR-153 saindo de Hidrolândia rumo a Anápolis. Essa obra, destacou, vai descongestionar o trânsito no perímetro urbano da BR em Goiânia. “O projeto está bem adiantado, e espero que se inicie o quanto antes”, previu. Também participaram do encontro o secretário Vilmar Rocha (Secima), o presidente da Valec, Mário Rodrigues Júnior, com quem Marconi obteve informações sobre o projeto da ferrovia Leste-Oeste.

Dívida dos Estados

O último compromisso do governador em Brasília na quinta-feira foi no Ministério da Fazenda.  Marconi conversou com Nelson Barbosa sobre o alongamento das dívidas dos estados e ouviu do ministro que algumas condicionantes devem ser incluídas no projeto de lei que será enviado ao Congresso. O tema será debatido com os governadores hoje (4/3), pela presidente Dilma Rousseff, a partir das 15 horas, no Palácio do Planalto.

Segundo Marconi, há divergências em relação à posição dos governadores sobre algumas dessas condicionantes. É o caso dos governadores do Nordeste, que defendem medidas mais brandas, enquanto Marconi as quer um pouco mais rígidas.  Entre elas estão corte de gastos com demissão de comissionados, aprovação da reforma tributária, entre outras. A solução depende de consenso, enfatizou Marconi. “Não é decisão de apenas um governador; nós queremos convergir com o governo federal na tese do alongamento das dividas”, destacou.

Apontada por Marconi como defensora dos Estados nessa e outras questões republicanas, a senadora Lúcia Vânia também participou do encontro na Fazenda, com a secretária Ana Carla Abrão. A senadora acompanhou os debates sobre o alongamento das dívidas desde o início e acredita que não será difícil uma equação benéfica para os Estados. “Eles ganham com a flexibilidade da dívida, e podem recuperar a capacidade de investimentos”, afirmou, ao deixar o ministério, ao lado do governador.

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