Comitê discute ações para melhorar a gestão do uso de agrotóxicos

Segurança alimentar, utilização correta e adequada de defensivos agrícolas e proteção do produtor rural durante a aplicação dos recursos químicos. Os temas são os objetivos que norteiam o Comitê Gestor de Agrotóxicos, criado pelo Ministério Público de Goiás (MP/GO) e que tem como entidade integrante e atuante a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater). Na terça-feira, (19/7), representantes das entidades que compõe o Comitê participaram de reunião que teve como finalidade alinhar ações e projetos a serem desenvolvidos.

Durante a reunião, o pesquisador da Emater Lino Carlos Borges expôs a necessidade de fiscalizar outros elos da cadeia produtiva. Segundo o pesquisador, os gargalos que permeiam o uso de defensivos não se limitam apenas à base da cadeia produtiva, mas também à comercialização dos produtos por meio das revendedoras. “Não podemos focar na utilização pelo produtor e esquece as revendas, que muitas vezes receitam os produtos químicos sem a análise correta da doença ou praga que assola a produção”, ponderou Lino Carlos Borges.

Entre os pontos debatidos pelos representantes das entidades que integram o Comitê estava a necessidade de recursos para a realização das análises residuais, a fiscalização das revendedoras de defensivos agrícolas e a conscientização do produtor rural diretamente na base. A reunião contou com a participação pesquisadora da Emater, Cláudia Barbosa Pimenta e do analista de Desenvolvimento Rural da entidade, Alípio Magalhães de Oliveira.

Responsabilidades

Além de discutir os termos aditivos que regulamentam a parceria com entidades que ingressaram recentemente no grupo, a reunião apresentou a responsabilidade das entidades que integram o Comitê. A Emater terá como responsabilidade repassar informações sobre a utilização correta de defensivos bem como a análise dos produtos que serão aplicados na produção.

Segundo o pesquisador Lino Carlos Borges um dos gargalos recorrentes é o mau uso dos produtos e a escassez de informação. “O agricultor familiar, por exemplo,  muitas vezes não conhece os produtos e tampouco as consequências dele para o ser humano. O nosso objetivo é repassar as formas corretas de usos e como a aplicação deve ser realizada”, enfatizou o pesquisador.

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