Cirurgias em ortopedia/traumatologia representam 42% do total realizadas no Hugol

Procedimentos cirúrgicos em ortopedia/traumatologia representam 42% do total realizados pelo Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol) em seus 17 primeiros meses de funcionamento, de julho de 2015 a novembro de 2016, sendo a maioria dos pacientes vítimas de acidentes de trânsito. Alessandra Alves de Jesus foi paciente do Hospital, admitida devido a um acidente de trânsito em 29 de fevereiro de 2016. “Eu estava indo trabalhar, por volta de 7h20 da manhã. Eu caí em um buraco e, naquele momento, eu capotei. Foi quando veio um micro-ônibus que passou por cima das minhas pernas – só que eu não vi, só escutei o barulho”, relata.

A estoquista sobreviveu, porém com uma sequela: parte de uma das pernas teve de ser amputada, mas, mesmo assim, Alessandra demonstrou autoestima elevada. Ela afirmou que “os dias que eu passei aqui (no hospital) foram bons demais pois, graças a Deus, estou com a minha vida de volta e a cada dia tenho uma expectativa diferente. A recuperação está sendo muito boa. Todos me trataram muito bem”. Alessandra conta que está fazendo fisioterapia desde a amputação. “Hoje eu já consigo sentar na beira da cama, consigo movimentar minhas pernas; meu pé estava um pouco torto, agora já consigo levantá-lo”, argumenta.

Essa recuperação holística, biopsicossocial, tem origem nos esforços da equipe multidisciplinar da unidade. O supervisor médico da ortopedia/traumatologia do Hugol, Carlos Eduardo Fraga, explica que um dos diferenciais no atendimento do hospital é o menor índice de amputações de membros, devido à execução de reconstrução e alongamento ósseo, procedimento promovido na unidade. “Em outros tempos e estruturas, esses casos poderiam evoluir para amputações, mas no Hugol temos equipe especializada que realiza esses procedimentos que permitem aos pacientes com perdas ósseas extensas fazer a reconstrução óssea, por meio de cirurgias de reconstrução e alongamento ósseo. Pacientes graves, com risco de morte, são estabilizados e, além disso, reduzimos a chance de evoluir para perda de membro”, explica o médico.

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