O Cine Cultura, unidade da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), sedia, entre os dias 13 e 15/5, o I Festival Internacional da Diversidade Sexual e de Gênero de Goiás (Digo). O evento traz uma ampla programação com exibição de filmes temáticos, mostras competitivas, palestras, lançamento de livros, shows, exposições, intervenções artísticas, entre outras atrações. A entrada é gratuita. O festival ocorrerá nos períodos da manhã, tarde e noite no Cine Cultura, sendo que, no primeiro dia, sexta-feira, haverá atividades também no Centro de Referência Estadual da Igualdade – Crei.

Antes, porém, estreia no cinema, nesta quinta-feira, 12/05, o filmeYorimatã, do diretor Rafael Saar. A obra está inserida na programação do Digo, e será exibida nas sessões das 18h30 (seg/sex) e 17h30 (sáb/dom). Yorimatã é um documentário experimental e fala de duas mulheres que, em meio ao movimento hippie dos anos 70, se unem pelo sonho de liberdade e se tornam pioneiras no cenário independente brasileiro.

O Digo inicia-se na sexta-feira (13/5), das 8 até às 16 horas, no Crei e no Cine Cultura, das 9 às 22 horas.  No sábado e domingo, o festival segue no Cine Cultura, sempre das 8 às 22 horas. No primeiro dia, o destaque será para a palestra sobre transexualidade com a delegada Laura Castro e a oficina de Drag Queen ministrada pelo diretor teatral Eduardo de Souza, ambos no CREI. Já no Cine Cultura, no período da tarde ocorrerá a exibição dos longas: Castanha, do diretor Davi Pretto e Yorimatã, de Rafael Saar. À noite, o público poderá conferir a exposição de gravuras do artista Helder Amorim, e às 20 horas haverá a mostra nacional competitiva.

No segundo dia, 14/5, pela manhã, mostra paralela com os filmes do Outfest Peru e Asolo Art Film Festival. À tarde, um bate-papo sobre Direito LGBTT, com a advogada Ana Cristyna e com representantes da Comissão da Diversidade Sexual da OAB. O lançamento do livro: Cinema que ousa dizer seu nome, do cineasta Lufe Steffen, após o mesmo participará do bate-papo Literatura, Cinema e Diversidade Sexual.  Os longas: Gazelle, do diretor Cesar Terra Nova, e A Volta da Paulicéia Desvairada, do Lufe serão exibidos. À noite terá a intervenção artística Eu aceito, uma exposição de desenhos do artista Marcos Branquinho, show com a cantora Eloá Nunes, mostra competitiva internacional, e às 22 horas terá a exibição do filme Nova Dubai, do diretor Gustavo Vinagre (para maiores de 18 anos).

Para o último dia está programado pela manhã a mostra paralela Anicurtas e bate-papo sobre a produção audiovisual em Goiás. No período da tarde, será exibido o longa Ralé, estrelado por Ney Matogrosso e dirigido por Helena Ignez. Em seguida, terá a leitura dramática: “Uma cama quebrada” e o lançamento do livro Trilogia dos Desejos, do escritor Roberto Munis Dias. À noite; antes da divulgação dos vencedores e a entrega dos troféus ocorrerá show musical com BabySom Sales e a performance “Ney Matogrosso”, com o artista Peninha.

O Digo foi idealizado pelo cineasta Cristiano Sousa, e é o primeiro festival de cinema do Centro-Oeste que abordará a diversidade sexual e de gênero. A iniciativa tem a parceria dos festivais internacionais, Outfest Peru e Asolo Art Film Festival da Itália, para exibir em Mostra Paralela os filmes que já passaram por esses países. Com o intercâmbio cultural os curtas metragens vencedores no Digo vão ser exibidos nas próximas edições desses dois festivais também. Além disso, o Digo já faz parte do RED – Diversilac uma rede de festivais de diversidade da América Latina e do Caribe.