Goiás registra queda de 80% do número de casos de dengue nas três primeiras semanas de 2017 em relação ao mesmo período de 2016, segundo dados apontados pela Superintendência de Vigilância em Saúde da SES. Também foi constatada redução de 75 % do índice de infestação do mosquito Aedes Aegypti nos 246 municípios goianos. A redução de 80% deve-se, de acordo com especialistas, ao início da Operação Goiás contra o Aedes, deflagrada em dezembro de 2015, que permite visitas domiciliares para retiradas de focos do mosquito.

“Creditamos esses resultados à operação Goiás contra o Aedes que, em parceria com o Corpo de Bombeiros, permitiu um trabalho intenso para retirada de focos nos município, diminuindo índices da doença e evitando óbitos”, disse Murilo do Carmo e Silva, coordenador de Controle de dengue e chikungunya da Secretaria de Saúde. Ele afirmou que existe todo um trabalho articulado com utilização de patrulhas e máquinas pesadas, cedidas pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico que dão apoio à limpeza nos municípios em estradas vicinais onde, infelizmente, a população tende a jogar lixo de forma indiscriminada.

Alerta

As regiões do Vale do São Patrício, Norte e Sudoeste de Goiás, segundo Murilo, apresentam tendência de aumento de casos para dengue o que já demandou uma série de ações potenciais focadas nessas regiões. “Já intensificamos todas as visitas domiciliares nessas localidades, com deslocamento de maior número de agentes e uso da patrulha com máquinas para garantir que todas essas regiões sejam livres do Aedes já nos próximas semanas ”, garantiu.

Sobre a chikungunya, foi informado que em 2016 houve 24 casos confirmados para esta doença, sendo 5 autóctones (oriundos da própria região). Esse ano, até agora, não houve nenhum caso confirmado. Com relação à zika, foram 7.462 casos confirmados ano passado, sendo 519 em gestantes. Até o momento, em 2017, registra-se apenas um caso confirmado e nenhum em gestante. “É importante salientar as gestantes notificadas que contraíram zika estão sendo monitoradas via georreferenciamento pelo Centro de Informações Estratégicas (Conecta-SUS).”

Murilo explicou que, pelo sistema, gestantes do estado de Goiás acompanhadas pelo SUS têm todo o histórico e acompanhamento de pré-natal, parto e pós parto relatado para, caso seja necessário, sejam tomadas medidas específicas para o auxílio de cada mãe e bebês. “Os municípios nos informam a maior quantidade de dados de saúde dessas mães e por aqui acompanhamos e intervimos para dar a devida assistência, caso a caso”, pontuou.