Casos de dengue estão em queda em Goiás

Os casos de dengue registrados pela Secretaria da Saúde (SES) estão diminuindo de forma significativa há 20 semanas. De acordo com o Boletim Semanal da Dengue (referente à Semana Epidemiológica 37 – de janeiro até a semana passada), o decréscimo das notificações começou em meados de maio e, desde então, tem se mantido em queda. De 12 a 19 deste mês foram notificados 229 casos de dengue, quantitativo considerado dentro dos parâmetros aceitáveis.

O coordenador estadual de Controle da Dengue, Murilo do Carmo (foto), vincula a diminuição das notificações da dengue a uma série de fatores. Além da estação seca, que dificulta a proliferação do mosquito Aedes aegypti, em função da pouca oferta de água parada, ele aponta as ações contínuas por parte da SES. Entre as medidas estão a borrifação por meio de bombas, vistoria nas residências dos agentes de saúde, a capacitação de técnicos e a conscientização da população para a adoção de medidas rotineiras que previnem a doença.

Mais notificações

Apesar da diminuição dos casos nas últimas 20 semanas, as notificações neste ano estão 65,23% maiores que o quantitativo registrado até o mesmo período de 2014. O Boletim Semanal da Dengue mostra que do dia 4 de janeiro a 19 de setembro deste ano foram notificados 173.864 casos. Em 2014, no mesmo período, a SES havia registrado 105.222 casos. A secretaria também constatou por meio de exames laboratoriais, que 67 pessoas morreram este ano, em decorrência da dengue. “Goiás tem registrado epidemias de dengue desde 2010. Agora particularmente em 2015, viveu a maior epidemia de dengue da sua história, se comparado ao mesmo período do ano passado”, completa ele.

“É primordial que a população incorpore à sua rotina ações simples, porém fundamentais para inibir a proliferação do Aedes aegypti”, enfatiza Murilo do Carmo. Entre estas ações ele destaca a retirada de qualquer tipo de objeto ou utensílio que acumula água nos quintais; a higienização dos pratos que acomodam os vasos de planta; a manutenção dos ralos de banheiro e a lavagem das caixas d´água. Com a volta do período chuvoso, o volume de água nos criadouros também aumenta bastante e ocorre a proliferação do Aedes aegypti, o que facilita a disseminação da doença, mas estamos trabalhando de maneira intensa para que possamos evitar novas epidemias para os anos futuros”, conclui o coordenador.

Governo na palma da mão

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