Artesanato goiano será mostrado em Brasília


 

O artesanato produzido em Olhos D’Água, distrito de Alexânia, tem despertado o interesse de diversas pessoas ligadas às artes Brasil afora. Três artesãos da região foram convidados a expor suas peças em Brasília, durante o 8º Salão do Artesanato, no Parque da Cidade, de 4 a 8 de novembro. Uma das convidadas é a artesã Hilda da Costa Freire, de 38 anos, que há 15 anos atua profissionalmente com artes manuais. Parte de seu trabalho em cerâmica está exposto no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, em Goiânia, e integra a 18ª Goiás Mostra Artesanato.

De acordo com o gerente do Programa Artesanato Goiano, André Franco, Olhos D’Água reúne grandes talentos do artesanato goiano, que por meio de suas habilidades e obras têm levado a cultura regional para diversas partes do Brasil e do mundo. Ele conta que no final do ano passado, durante a Feira Mãos do Brasil, em São Paulo, o trabalho dos artesãos goianos chamou a atenção da proprietária da rede de livrarias Saraiva. “Ela se encantou tanto com o trabalho dos nossos artesãos que abriu espaço para que levássemos as peças goianas para serem expostas nas lojas conceito da rede”.

O despertar

Hilda teve seu primeiro contato com o artesanato ainda criança, quando aproveitava os momentos de distração da mãe para mexer em seu fiar. “Eu queria tanto aprender a fiar como minha mãe, que ela acabou me ensinando para evitar que eu estragasse o algodão”, recorda. O avô se dedicava à trança de palha de coqueiro para fazer chapéus. As tias, eram mestres da tecelagem. Com tanta influência ao redor, Hilda se enveredou no caminho do artesanato, para não voltar mais atrás.

Buscou aprimoramento em cursos, como o de capim e outras fibras vegetais e chegou a ser uma das integrantes do ateliê da renomada artesã local Fatinha. Lá, aprendeu como fazer bonecas de palha, de pano e de outros materiais. Mas foi por iniciativa própria que ela deixou o ateliê para seguir carreira solo, dessa vez modelando barro. Hilda conta que até conseguir fazer a primeira boneca de cerâmica foram muitas horas de preparo, de tentativa e de busca na internet para saber como dar forma correta aos seus personagens. Com dois meses de dedicação, Hilda já estava aceitando encomenda.

Em sua primeira participação na tradicional Feira da Troca, no município, Hilda conseguiu vender mais de R$ 800 em peças. Suas bonecas de cerâmica custam a partir de R$ 100. Hoje, ela é convidada a dar aula para projetos como o Mulheres Coralinas, que reúne artesãs da cidade de Goiás, que buscam resgatar por meio da culinária e do artesanato a história dos goianos e suas tradições.

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