Anuário de Segurança Pública confirma melhoria nos indicadores de Goiás

Mais um dado do Anuário Brasileiro de Segurança Pública comprova que os indicadores de criminalidade e violência em Goiás estão em queda. Após a divulgação, na semana passada, de que Goiânia recuou da 9.ª para a 11.ª posição no ranking de assassinatos das capitais, nesta quinta-feira (9/10) a 9.ª edição do estudo demonstra que o Estado é um dos nove que apresentaram redução na taxa de Mortes Violentas Intencionais, enquanto outros 18 tiveram aumento em 2014, no comparativo com 2013.

Segundo o levantamento, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a taxa de Mortes Violentas Intencionais de Goiás (que inclui homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e vitimização policial) recuou de 43 para 42,86 por 100 mil habitantes. O Estado com a taxa mais elevada é Alagoas, com 66,48.

O Anuário mostra, ainda, que apenas 10 Estados conseguiram diminuir a taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes em 2014, no comparativo com 2013. Goiás foi um deles. De acordo com o Anuário, a taxa goiana recuou 1,7%, passando de 40,1, em 2013, para 39,5, em 2014. Dessa forma, Goiás, que aparecia na 4ª colocação entre os Estados com maiores taxas de homicídios dolosos por 100 mil habitantes, passou a ocupar a 7.ª posição.

As unidades da federação que apresentam as maiores taxas de homicídio por 100 mil habitantes em 2014, segundo o documento, estavam todas no Nordeste: Alagoas (61,9), Ceará (48,6) e Rio Grande do Norte (46,9). No Centro-Oeste, a maior taxa de homicídios está no Mato Grosso (40,2). O Anuário de Segurança Pública também comprova o recuo de Goiás no ranking de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) – que inclui, além dos homicídios dolosos, os latrocínios e as lesões corporais seguidas de morte.

Neste recorte, a taxa por 100 mil habitantes goiana passou de 42,2, em 2013, para 41,6, em 2014 – uma queda de 1,4%. Goiás, portanto, foi um dos 11 Estados que diminuíram esse indicador no ano passado. De acordo com o estudo, Alagoas também lidera a taxa de CVLI, com 62,4 casos a cada grupo de 100 mil habitantes. Em seguida surge o Ceará (50,2) e o Rio Grande do Norte (50). No Centro-Oeste, novamente o Estado com maior taxa é o Mato Grosso: 42,6.

Qualidade

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública também classifica os órgãos de segurança estaduais em três grupos, de acordo com a confiabilidade e exatidão dos dados estatísticos de criminalidade e violência. Goiás foi, mais uma vez, incluído no Grupo 1, que agrega as secretarias de Segurança com “maior qualidade das informações”. No Grupo 2, estão as pastas com “menor qualidade de informações” e, no Grupo 3, as que “não há como atestar a qualidade de dados informados”.

O gerente do Observatório de Segurança da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás, major Geyson Borba, ressalta que este é um reconhecimento do trabalho que foi iniciado pela SSPGO em 2011, quando foi criada a Gerência de Análise de Informações, mas que ganhou impulso com a transformação em Observatório de Segurança, em 2014.

Evolução

A evolução dos dados de 2015 demonstra que a tendência é que Goiás recue ainda mais sua posição no ranking brasileiro de homicídios. No primeiro semestre do ano, o número de homicidios dolosos no Estado caiu 2% em relação ao mesmo período de 2014. A taxa por 100 mil habitantes caiu mais: 4,3%. Nos seis primeiros meses do ano, 101 municípios não haviam registrado nenhum caso – o que representa 41% do total dos municípios goianos.

Em Goiânia, entre janeiro e setembro, foi registrada queda de 12% no número absoluto de homicídios dolosos, no comparativo de 2015 com 2014. Neste período, 539 bairros não registraram qualquer caso – o que significa 76% do total de bairros, segundo os dados da Prefeitura de Goiânia. O secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária de Goiás, Joaquim Mesquita, avalia que os indicadores ainda são elevados, mas que os dados do Anuário de Segurança comprovam que Goiás tem conquistado avanços no setor. Mesquita ressalta há um grande esforço de atuação integrada das forças policiais para alcançar melhores resultados.

Contudo, alerta que somente com mudanças na legislação, para que criminosos fiquem mais tempo presos, e aumento nos investimentos, principalmente por parte da União, permitirá resultados duradouros e mais consistentes. O secretário cita como exemplo o Estado de Goiás, que ampliou em 41% os investimentos em Segurança nos últimos anos, saltando de R$ 1,432 bilhão em 2012 para R$ 2,019 bilhões em 2014. Essa evolução, segundo o Anuário, coloca Goiás como a segunda unidade da federação que mais ampliou proporcionalmente os aportes em Segurança Pública, atrás apenas de Minas Gerais.

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