IMB estuda vulnerabilidade social nos municípios goianos

O Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, da Secretaria de Estado de Gestão e Planejamento de Goiás (IMB/Segplan), divulga estudo sobre a expressão da vulnerabilidade social nos municípios goianos. Este trabalho, desenvolvido pelos pesquisadores Murilo Rosa Macêdo e Alex Felipe Rodrigues Lima, agrupa os municípios goianos de acordo com as características de vulnerabilidade dos indivíduos residentes e dos domicílios. Este agrupamento pode direcionar melhor as políticas públicas que visam combater a vulnerabilidade em Goiás na medida em que os municípios não são organizados de acordo com sua localização no território, critério tradicional de regionalização, mas nas condições comuns de carência apresentadas por cada um.

Desta forma, o estudo traça uma revisão teórica do conceito de vulnerabilidade social. A vulnerabilidade tem sua origem nas discussões sobre pobreza, mas transcende a noção baseada apenas na renda. Entende-se que a renda tem caráter instrumental e é apenas uma das dimensões da vida necessárias para que indivíduos e famílias possam efetivar suas vontades e conseguir viver uma vida o mais próximo possível do que elas desejam. A base teórica adotada foi a de Ruben Kaztman que leva em consideração a matriz ativos-vulnerabilidade-estrutura de oportunidades.

Utilizou-se os dados do Censo demográfico de 2010 compilados pelo Atlas Brasil. A partir dessa base de dados os municípios foram categorizados em grupos homogêneos por meio de métodos multivariados de análise de agrupamento (clusters). Assim, os 246 municípios goianos foram divididos em 5 grupos diferentes de acordo com as características mais marcantes de vulnerabilidade presente no território municipal.

O grupo 1 é formado por 75 municípios e possui como características principais o mercado de trabalho pujante e a boa infraestrutura de seus domicílios. Por sua vez, o grupo 2 é formado por 23 municípios marcados por uma alta contração de renda e a precariedade da infraestrutura dos domicílios. O grupo 3, o mais numeroso, formado por 80 municípios, é caracterizado pela pequena população, o bom acesso à educação e à boa distribuição de renda, em comparação com os demais do estado.

O grupo 4 é o menor de todos, formado por apenas 19 municípios, presentes em sua maioria nas regiões metropolitanas e marcados pelo bom mercado de trabalho, por um lado, e pelo baixo acesso à educação, por outro.  Por fim, o grupo 5 engloba 49 municípios, em sua maioria os de maior desenvolvimento econômico. Estes são marcados pela grande população em idade ativa e boas oportunidades no mercado de trabalho.

Por meio dessa metodologia e dos resultados obtidos, o estudo permite caracterizar o estado de Goiás segundo os diferentes tipos de vulnerabilidades. Dessa maneira, se torna uma ferramenta aos gestores públicos no direcionamento mais preciso das ações de combate às carências de determinada porção territorial.

A íntegra do estudo pode ser conferida no site: http://www.imb.go.gov.br/

Comunicação Setorial – Segplan

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