PIB consolidado de Goiás em 2015 foi de R$ 173,53 bilhões

A economia goiana movimentou R$ 173,63 bilhões em 2015, valor R$ 8,62 bilhões acima do registrado no ano anterior (R$ 165,01 bilhões). A renda per capita dos goianos chegou a R$ 26.265,32, com crescimento de 3,83%, embora naquele ano a crise econômica tenha chegado em seu momento mais agudo, fazendo com que todas as Unidades da Federação tivessem taxas negativas do Produto Interno Bruto (PIB).

 

O PIB goiano, consolidado pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), caiu 4,3% na comparação com 2014 e a taxa média nacional recuou 3,5%. Todos os Estados tiveram taxas negativas do PIB em 2015. Embora em volume a produção goiana tenha sofrido queda em 2015, de -4,3%, em valor corrente o PIB goiano de R$ 173,63 bilhões surpreendeu pois foi maior do que o estimado pelo IMB/Segplan de R$ 171,34 bilhões. “Isso ocorre quando, mesmo que o volume produzido de alguns bens apresente queda, o preço não foi afetado e em alguns casos houve elevação”, explica a superintendente do IMB/Segplan, Lillian Maria Silva Prado.

Ela observa que as maiores economias brasileiras tais como São Paulo (-4,1%), Minas Gerais (-4,3%), Rio Grande do Sul (-4,6%), Paraná (-3,4%), Santa Catarina (-4,2%), Bahia (-3,4%), Distrito Federal (-1,0%) além de Goiás (-4,3%) apresentaram as maiores taxas negativas do PIB devido às suas economias estarem muito voltadas à produção. Em Goiás, por exemplo, a agropecuária e a indústria representam mais de 35% do PIB. Como é o 12º Estado mais populoso do País, com 6,61 milhões de habitantes, quanto mais pessoas diminuem o consumo maior é o impacto negativo na economia.


Lillian Prado avalia que o pior da crise econômica brasileira já passou e que a economia goiana, a exemplo da brasileira, vai fechar este ano com números positivos. A estimativa do Banco Central é que o PIB nacional vai crescer 0,7% este ano. Já o de Goiás deverá atingir 0,8% na comparação com 2016 e movimentar R$ 186,13 bilhões, segundo o IMB/Segplan, já que os indicadores econômicos dão sinais positivos, como o aumento do emprego, o crescimento das exportações e as acelerações das produções industrial e agropecuária, além de investimentos em infraestrutura em todo o estado por parte do Governo estadual. 

Avaliação dos setores

Em 2015, a participação de Goiás no PIB nacional ficou estável em 2,9%. Com isso, o Estado manteve-se na 9ª posição no ranking nacional.  O menor nível da atividade econômica atingiu todas as atividades produtivas do Estado. Nos serviços, o valor adicionado diminuiu 3,7%, condicionado pelo recuo do mercado interno, notadamente pelo comércio que apresentou retração de 12% em suas atividades, devido à queda do consumo das famílias em virtude da desaceleração da massa salarial.

Na indústria, com taxa negativa de -4,8%, a exceção foi o segmento de transformação. As demais atividades apresentaram desaceleração, com destaque para a geração e distribuição de eletricidade, gás, água e esgoto e limpeza urbana, com -13,3%, por causa da falta de chuvas.

 Já a atividade agropecuária teve seu resultado negativo de 4,9% impactado pelas condições climáticas ocorridas naquele ano e pela grande dependência da demanda externa, que esteve refreada e pela queda de preços das commodities no mercado internacional. A situação econômica desfavorável da economia goiana, em 2015, acabou refletindo em outros indicadores, como o da balança comercial que fechou as exportações com queda de 15,8% e as importações com -23,9%. O mercado de trabalho goiano fechou 13.135 vagas em 2015.

 

Pelos dados do IMB/Segplan e IBGE, referentes a 2015, Goiás continua sendo a segunda maior economia do Centro-Oeste, com 29,9% do bolo, atrás apenas do Distrito Federal com 37,2%. O Mato Grosso detém 18,5% e o Mato Grosso do Sul os outros 14,3%. A economia do Centro-Oeste aumentou sua participação no Brasil, passando de 9,4% do total para 9,7%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no País, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Os dados consolidados são divulgados, pelos órgãos governamentais, com dois anos de defasagem. 

Governo na palma da mão

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