“É preciso saber o que fazer depois da crise”, diz Marconi em seminário de agronegócio

Ao citar Mahatma Gandhi e a célebre frase que diz que “não existe caminho para a paz, pois a paz é o caminho”, o governador Marconi Perillo afirmou, na manhã de hoje (31/3) que é preciso pensar no pós-crise política e econômica para se encontrar soluções capazes de fazer o país voltar a crescer e se desenvolver economicamente.

“Não dá pra só falar em crise. É preciso saber o que nós vamos fazer depois da crise”, disse Marconi em discurso no Castro’s Park Hotel, na abertura do Seminário Agronegócios e Energias Renováveis, evento realizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima), em parceria com o Banco Santander e o jornal Valor Econômico.

Lembrando que grandes guerras mundiais foram motivadas por recursos naturais, alimentos, religião, mas, fundamentalmente, pela falta de diálogo entre povos e nações, Marconi criticou o momento político por que passa o Brasil e disse acreditar que a situação não seria tão crítica se houvesse maior diálogo entre as autoridades políticas e a iniciativa privada.

“Quem sabe se no Brasil nós tivéssemos dialogando temas tão sérios como estes – alimentos, produção, sustentabilidade ambiental – nós não estaríamos envoltos a uma crise política, econômica, moral, de valores e princípios. O que estamos fazendo aqui hoje é buscar diálogo como forma de encontrar saídas e soluções práticas para os grandes desafios que temos nesse momento no país. O diálogo nesse momento torna-se indispensável para buscarmos contornos e soluções para as crises que vivemos hoje”, afirmou.

Meio ambiente

“Não há mais a necessidade de cortar sequer um pé de árvore em Goiás. Temos pelo menos 6 milhões de hectares de terras degradadas. O que a gente precisa, efetivamente, é buscar alternativas para agregar valor a essas terras e com isso garantir mais produtividade e produção. É nesse contexto que nos reunimos aqui para buscar soluções que atendam as emergências do desenvolvimento, mas que cuidem com igual atenção da sustentabilidade”, garantiu o governador.

Ele ressaltou que Goiás reúne vários modelos de produção primária, desde o do produtor familiar ao do empresário rural. E que há muitos estudiosos que buscam soluções para que o estado continue produzindo, aumentando a produtividade, racionalizando a produção e o beneficiamento da agricultura e pecuária.

“Goiás em relação ao Brasil e o Brasil em relação ao mundo têm papel relevante nesse debate. Hoje, somos a ponta do agronegócio moderno, diversificado e sustentável, que movimenta uma imensa cadeia de produção e consumo. Temos que ser também exemplo em sustentabilidade e produção que se retroalimentam, capaz de garantir a continuidade dos recursos ambientais”, disse.

Pontuou ainda que Goiás é um dos líderes em energias renováveis do Brasil, com produção de 10 mil megawatts de força hidroelétrica. No ranking nacional, o Estado é também o segundo produtor de etanol do país e o segundo de biomassa. “Agora, vamos começar a produzir energia solar. Enfim, somos um Estado que está fazendo seu dever de casa.”

Ao lembrar que o setor do agronegócio representa 20% do PIB brasileiro, Marconi destacou que os Estados do Centro-Oeste – Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e o Distrito Federal – foram responsáveis, em 2014, por quase R$ 20 bilhões de superávit primário, ano em que o Brasil amargou déficit comercial. Segundo ele, é fundamental que esses estados continuem se sobrepondo ao restante do país e adotando medidas de contorno da crise.

Governo na palma da mão

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