“Combate ao mosquito Aedes deve ser permanente”, diz secretário da Saúde

A mobilização para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya, deve ser permanente, até a erradicação dessas doenças. Em Goiás os esforços do Governo do Estado e dos municípios na ação Goiás contra o Aedes conseguiram diminuir o índice de infestação do mosquito de 3,99%, em janeiro, para 1,53%, em março. Essa redução significa nas visitas realizadas pela força-tarefa para erradicar o mosquito em Goiás foram encontrados, em março, 61% menos focos do mosquito nos imóveis visitados, em relação a janeiro. Mas para erradicar o mosquito o esforço de combate precisa continuar.

O secretário Estadual de Saúde, Leonardo Vilela, diz que não é possível estabelecer uma data exata para que se consiga derrotar de vez o Aedes aegypti. Para ele, o sonho de livrar Goiás do mosquito depende da colaboração constante entre o governo e a população. “No século passado o Brasil levou 40 anos para erradicar o Aedes aegypti. Em 1955 não existia sinais do mosquito. Hoje a reinfestação é maior. Sem a ajuda das pessoas no combate nunca vamos conseguir, mas o importante é começar”, diz secretário da saúde. Certa de 80% dos criadouros do mosquito estão dentro das casas. A conscientização dos moradores, portanto, será o diferencial para vencer essa guerra.

“Os números de notificações de pessoas infectas apresentaram redução significativa, mas não é o suficiente. A luta continua. As vistorias feitas nas residências pelos moradores devem ser realizadas incansavelmente”, destaca Leonardo Vilela. Se um morador de cada casa tirar dez minutos por semana corretamente para vistoriar o quintal e pontos que podem servir de criadouros do mosquito dentro de casa, essa simples ação aumenta consideravelmente as chances de erradicar o Aedes aegypti mais rapidamente – afirma o secretário de Saúde.

A chegada do outono e consequente fim das chuvas em Goiás, a partir de agora, faz cair consideravelmente o número de notificações de casos de doenças transmitidas pelo Aedes, principalmente dengue, porém essa diminuição deve ser vista com cautela. Na Secretaria Estadual de Saúde, a ordem é não desmobilizar a luta contra o mosquito. O secretário Leonardo Vilela diz que a secretaria está se programando para definir como será a forma de combate ao mosquito a partir do dia 1º de julho. Até o começo de maio as estratégias serão divulgadas.

“A partir do mês de abril os moradores precisam continuar fazendo vistorias nas casa. E os agentes de saúdes nos logradouros públicos. O mosquito se reproduz o ano inteiro mesmo com pouca chuva”, observa o secretário da saúde. Além disso, os ovos do Aedes aegypti podem permanecer inertes em locais secos por até um ano e, ao entrar em contato com a água, desenvolvem-se rapidamente – num período de sete dias, em média.

Governo na palma da mão

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