A evolução da governança para a construção do monitoramento do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos é o objetivo do Observatório das Águas. Projeto do World Wildlife Fund (WWF), o observatório é uma iniciativa que está sendo discutida durante o Encontro Nacional dos Comitês de Bacias Hidrográficas (Encob), que ocorre durante toda esta semana em Caldas Novas.

Conforme o biólogo e coordenador da oficina que discute o assunto, Ângelo Lima, a oficina  traz à tona todo o processo de construção do Observatório das Águas, algo que ainda está em formação. Para Angelo, há uma percepção de que os comitês de bacias hidrográficas e outros órgãos gestores dos recursos hídricos têm falhas em seus modelos de gestão, e que não há uma instituição que monitore as entidades que cuidam das políticas para as águas que possa analisar e indicar as falhas existentes na gestão dos recursos hídricos. “O observatório monitora os sistemas federal e estaduais, oferecendo suporte de quem consegue ter uma visão externa daquilo que está acontecendo”, diz.

O projeto começou em 2005, e desde então o observatório mostra que os indicadores do monitoramento são a chave para o funcionamento do sistema de recursos hídricos. “Governança abre um leque enorme de possibilidades, por isso a discussão gira em torno da evolução da governança, algo em constante evolução”, afirma Angelo.

Para o biólogo, é difícil apontar o foco e definir os indicadores que dirão se o comitê (ou outros órgãos de gestão das águas) está no caminho certo. O observatório faz a crítica para fortalecer o sistema das águas.” Acreditamos na gestão descentralizada e participativa. O observatório vem para acrescentar um componente a mais no sistema nacional de recursos hídricos”, conclui