Relatório mostra que Goiânia avança mais que a média nacional em saneamento básico

O Instituto Trata Brasil publicou novo Ranking do Saneamento, que avalia os avanços médios do Brasil neste setor no período de 2011 a 2015, com base em dados do Ministério das Cidades, divulgados por meio do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis). Numa comparação entre as 100 maiores cidades do País, Goiânia ocupa a 25ª posição, destacando-se como a quarta colocada entre as capitais.

Enquanto a média nacional para o indicador de atendimento total de água, em 2015, era de 83,3%, a capital goiana marcava neste ano 99,6%. Já para coleta de esgoto, os números nacionais registravam 50,3%, frente aos 88,4% de Goiânia. Em termos de tratamento de esgoto, por sua vez, a média brasileira era de 42,7%, contra 64,5% da capital.

Chama atenção no estudo o item perdas de água na distribuição – ou seja, da estação de tratamento até o hidrômetro dos consumidores. No Brasil, perde-se aproximadamente 36,7% da água tratada nesse percurso. Mas, em Goiânia, o índice é de 22,2%, fator que comprova como a redução de perdas é uma das prioridades de atuação da Saneago. Entre os estados brasileiros, inclusive, Goiás é primeiro lugar nesse quesito, com 30,1%, conforme aponta o último relatório do Snis.

Ainda de acordo com o ranking do Instituto Trata Brasil, entre 2011 e 2015, a capital goiana recebeu cerca de R$ 140,8 milhões em investimentos por ano em saneamento básico. Tal montante teve como reflexo a grande evolução no atendimento de esgoto ocorrida na cidade: 12% – sendo que, enquanto isso, o crescimento médio entre as capitais brasileiras foi de somente 3,8%. Quanto ao abastecimento com água tratada, cabe ressaltar que, em Goiânia, o serviço é considerado universalizado.

Evolução

A evolução desse índice revela a visão de futuro na qual a Saneago e o Governo de Goiás têm pautado a preocupação com o saneamento básico. Da mesma forma no Brasil, apesar de os avanços ainda ocorrerem em ritmo lento, grandes déficits vêm sendo combatidos. A superação de tantos desafios passa por políticas públicas bem estruturadas e por investimentos públicos continuados, que eliminem as fragilidades intrínsecas ao setor.

Na contramão do discurso da privatização que, volta e meia, vem à tona, um estudo elaborado em 2014 pela Unidade Internacional de Pesquisa de Serviços Públicos (PSIRU), em conjunto com o Instituto Transnacional (TNI) e o Observatório Multinacional, constatou tendência global de reestastização do saneamento básico, com ao menos 180 casos em 35 países nos últimos 15 anos – cidades como Paris (França), Berlim (Alemanha) e Buenos Aires (Argentina). Entre os motivos, falhas das empresas privadas em atingir metas de universalização, bem como problemas com transparência e dificuldade de monitoramento do serviço pelo setor público.

Governo na palma da mão

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