PIB municipal mostra maior crescimento do interior goiano

O Produto Interno Bruto (PIB) dos 246 municípios goianos, referente ao ano de 2013, mostra que o interior do Estado continua ganhando espaço no crescimento econômico e na distribuição de renda, puxado principalmente, pelo desempenho do setor agropecuário, que teve um ano favorável, graças a maior produtividade das lavouras e cotações das commodities.

Do total do PIB estadual, de R$ 151,01 bilhões, a participação de Goiânia caiu de 27,3%, registrado em 2012, para 26,8%, enquanto a dos demais municípios do interior passou de 72,7% para 73,2%. Os dados são do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan, realizados em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os técnicos do IMB/Segplan e IBGE avaliaram o fluxo de produção dos 246 municípios goianos, segmentados pelos setores da agropecuária, indústria, serviços e administração pública. Segundo a superintendente do IMB, Lillian Prado, a agropecuária foi o setor que puxou e garantiu o crescimento do PIB em 41,9% dos municípios goianos, seguido de serviços (34,6%), administração pública (13,4%) e a indústria (10,2%). Cristalina e Chapadão do Céu são exemplos de municípios que se destacam em 2013 graças ao setor primário.

Por outro lado, a administração pública foi a que mais perdeu representatividade no PIB influenciada pelo ganho de participação do setor agropecuário, enquanto as atividades da indústria e serviços não tiveram grandes oscilações. Como exemplo, os municípios de Corumbá de Goiás e Flores de Goiás, que tinham a administração pública como atividade principal em 2012, teve a agropecuária como destaque na economia em 2013.

Desconcentração

Em Goiás, de acordo com o estudo do IMB/Segplan e IBGE, houve pequena desconcentração de renda gerada nos dez maiores municípios – Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Catalão, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Senador Canedo e Cristalina –, embora eles ainda fossem responsáveis por 59,6% da renda em 2013, enquanto em 2012 tinha sido de 60,4% do total. Isso ocorreu devido à perda de participação na geração de riquezas dos municípios de Goiânia, Anápolis e de Catalão, que foi o único que diminuiu o valor do seu PIB, de R$ 6,46 bilhões para R$ 6,19 bilhões.

Em 2013, os destaques no PIB municipal foram para Cristalina, que entrou na lista entre os 10 maiores do Estado, desbancando Valparaíso de Goiás, e Rio Verde (4º) que ultrapassou Catalão (5º). Rio Verde foi favorecido devido ao crescimento de todos os setores da economia, enquanto Catalão perdeu posição devido à perda ocorrida na indústria de transformação.

Os municípios goianos que possuem as maiores rendas geradas situam-se nas regiões Sudoeste, Centro e Sul. Em 2013, 31 municípios representaram 75,2% do PIB do Estado e 66,4% da população. Do outro lado, 19% dos municípios que integram a última faixa de participação relativa responderam, em média, por 1% do PIB e concentraram 2,1% da população goiana. Desses, 35% são de municípios localizados na região Nordeste do Estado, 29% no Centro Goiano e 26,9% no Norte. Isso mostra, de acordo com Lillian Prado, que ainda persiste a concentração de renda gerada no Estado.

Os municípios goianos com as menores economias registradas em 2013 foram: Anhanguera, Cachoeira de Goiás, Teresinha de Goiás, Buritinópolis, Jesúpolis, Guaraíta, Damianópolis, Palmelo, Guarinos e Adelândia, que ocupou o lugar de Moiropá.

PIB per capita

No ano de 2013, Goiás alcançou um PIB per capita de R$ 23.470,48, ante R$ 22.509,40 em 2012, ficando na 11ª colocação no ranking nacional. Os dez municípios goianos com os maiores PIB per capita em 2013 foram Chapadão do Céu, com R$ 114.455,13, Alto Horizonte (R$ 109.786,77, Perolândia, Cachoeira Dourada, São Simão, Porteirão, Catalão, Ouvidor, Barro Alto e Montividiu. Esses municípios se destacaram pela conjunção da economia baseada na indústria extrativa, agropecuária e baixa aglomeração populacional, exceto Catalão, que possui a 13ª maior população do Estado e uma economia diversificada.

Na comparação do ano de 2013 com os anos anteriores, todos os municípios trocaram de posição na distribuição do PIB per capita. Alto Horizonte que já esteve entre os 10 maiores PIB´s per capita do Brasil em 2011 caiu para a 33ª posição em 2013, devido à redução da extração do minério sulfeto de cobre no município. Já Chapadão do Céu que estava no 3º lugar subiu para a 1ª posição no Estado em 2013 influenciada pela expansão das culturas de cana de açúcar, soja e algodão. Ocupa agora também a 30ª colocação no ranking nacional em PIB per capita.

O município de Goiânia (1º) se manteve como a 17ª economia brasileira (posição que ocupa desde 2010) e Anápolis ficou no 63º lugar no ranking dos 100 maiores municípios brasileiro. Os primeiros são: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Três municípios goianos foram destaque nacional no valor adicionado da agropecuária em 2013, ante 2012, e melhoraram posição no ranking: Rio Verde no 2º lugar nacional (R$ 1,059 bilhão), Jataí no 5º lugar (R$ 915,5 milhões) e Cristalina no 8º (R$ 755,3 milhões).

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo