Em reconhecimento pelo avanço das exportações goianas, o ministro da Indústria e Comércio Exterior, Marcos Pereira, escolheu Goiás para dar início ao Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) e ao Programa Brasil Mais Competitivo, ambos voltados à melhoria da competitividade empresarial. O lançamento foi feito hoje (16/9) na sede Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), com a presença do governador Marconi Perillo e de integrantes do Fórum Empresarial goiano.

O governador agradeceu ao ministro pela deferência de escolher Goiás para lançamento de um programa tão importante, que fomenta a cultura exportadora. Marconi ressaltou o papel de destaque de Goiás no cenário das exportações brasileiras, apresentando ao ministro o saldo positivo de 2,6 bilhões de dólares da balança comercial goiana, de janeiro a agosto deste ano. Lembrou ainda que Goiás aparece em primeiro lugar no ranking do último Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do País, com saldo positivo este ano de 16.600 empregos, seguindo do Mato Grosso, que gerou 5,5 mil novos postos de trabalho. “Estamos virando a página da crise”, disse Marconi ao ministro.

Na área de exportação, o governador destacou ainda que Goiás ampliou, nos últimos anos,  seu leque de relacionamento internacional, passando de 40 para 150 países  que adquirem produtos goianos. “Se há um estado brasileiro que o senhor vai ter ótima receptividade, esse estado é Goiás”, discursou Marconi, dirigindo-se a Marcos Pereira.

É a segunda vez que o ministro vem a Goiás, desde que teve anunciado pelo presidente Michel Temer. Ele explicou que o Plano Nacional da Cultura Exportadora tem como foco aumentar a produtividade das empresas, permitindo a geração de emprego e renda. Em Goiás, explicou, serão contemplados os setores de produção industrial, alimentos e bebidas, minerais metálicos e não-metálicos, móveis e confecção, que reúnem hoje cerca de 8.200 empresas.O ministro informou ainda que 3 mil empresas no País serão beneficiadas com o programa, outras 2.163 aguardam novas vagas. O Plano Nacional da Cultura Exportadora é direcionado para empresas que possuem de 11 a 200 funcionários.

Na reunião com o empresariado goiano, o ministro antecipou ao governador que em breve o governo federal irá lançar o programa Mais Produtivo em Eficiência Energética, além de uma campanha ostensiva de combate à burocracia. “Isso vai permitir melhor o ambiente de negócios no País”, explicou.

Na fala aos integrantes do Fórum Empresarial goiano, o ministro defendeu urgência nas reformas política, tributária, previdenciária e trabalhista. “Precisamos pensar o Brasil no médio e longo prazo”, disse, ressaltando que o homem público de visão ampliada “pensa nas próximas gerações e não na próxima eleição”. Ele encerrou sua fala reafirmando que é preciso urgentemente “desburocratizar o Brasil”.  Disse ter determinado, no âmbito do Ministério da Indústria e Comércio Exterior, estudos para serem entregues, num prazo de 60 dias, sobre o que é possível desburocratizar. Marcos Pereira defendeu a retomada do crescimento econômico, como forma de o Brasil avançar. “O melhor programa social é o emprego”, arrematou.