Marconi inaugura subestação da Celg GT e critica política equivocada de tarifas no passado

Durante a solenidade de inauguração da ampliação da capacidade da subestação Pirineus, em Anápolis, na manhã desta sexta-feira (9), não faltaram críticas do governador Marconi Perillo e do presidente da Celg GT, Fernando Navarrete, à política de diminuição da tarifa de energia elétrica praticada pelo governo da ex-presidente Dilma Roussef durante seu primeiro mandato.

Fernando Navarrete disse que a empresa quase foi liquidada pelo Governo Federal ao final do ano de 2012 “durante aquela política eleitoreira de baixar a tarifa a qualquer custo”. Segundo ele, as receitas da Celg GT foram reduzidas em ¾. Ele disse que a Celg GT resistiu ”mostrando que Goiás não se ajoelha diante da crise, não só através de programas de ajustes fiscais, que são importantíssimos, mas também com programas de investimentos, graças à força que o governador deu a empresa naquela ocasião”.

O governador Marconi Perillo, por sua vez, disse que a crise que alimentou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff se deu basicamente pelas escolhas erradas. “Uma decisão do Governo Federal quase liquidou o sistema elétrico brasileiro. Não só o público, mas também o privado. Foi uma decisão demagógica, completamente equivocada. Se o Brasil passa por essas dificuldades econômicas hoje, nós devemos muito as escolhas erradas feitas pelo governo há algum tempo”, criticou.

A título de exemplo dos prejuízos advindos das medidas adotadas no governo passado, Marconi lembrou que a Celg GT saiu de um faturamento de R$ 70 milhões por ano para uma arrecadação de R$ 11 milhões. “Nós chegamos a um milímetro para decidir pelo fechamento da GT. Não fechamos porque fomos tenazes. Decidimos que íamos persistir, enfrentar os problemas e vencê-los”.

Nova realidade

Passado este período e depois de alguns investimentos, a Celg GT chega agora a um faturamento de R$ 50 milhões. Em junho do ano que vem, a expectativa, de acordo com projeção feita pelo governador, é a de que se chegue a um faturamento de R$ 150 milhões anuais. “Essa é a demonstração mais inequívoca de que quando a gente faz as coisas com planejamento e seriedade, competência e eficiência, elas dão certo”, salientou Marconi.

Ele voltou a criticar o que chama de decisões equivocadas do passado em âmbito estadual. Referindo-se a Usina de Cachoeira Dourada, disse que, vender uma geradora que dava muito lucro – como Cachoeira Dourada –  foi um equívoco, uma má escolha no passado. “Ela foi importante para fazer obras eleitoreiras na época. Mas para a Celg foi um tiro no coração. A Celg D ficou uma empresa inchada, com quase quatro mil funcionários, deficitária, sem dinheiro para novos investimentos. Não há outro caminho hoje. Ela tem que ser privatizada mesmo. Quem fala que a Celg não deve ser privatizada é porque não está no governo e não conhece a realidade dos fatos”, observou.

Quem comprar a Celg terá que investir R$ 2 bilhões em dois anos. “Para o nosso estado crescer mais, precisamos de energia, dependemos de novas subestações, novas linhas de transmissão e distribuição. Isso só será feito pelo setor privado”, declarou.

O governador disse ainda que a Celg GT, oriunda da Celg D, virou hoje uma empresa enxuta, com apenas 160 funcionários. “Desde que nós vivenciamos aquela crise, a Celg GT já conseguiu entrar em leilões que lhe permitem ter agora e no futuro 200 megawatts de geração própria. Isso significa 1/3 da geração de Cachoeira Dourada. Isso significa também a viabilização definitiva da Celg GT como empresa 100% pública”.

A ampliação inaugurada na manhã desta sexta-feira duplicará a potência atual, de 225 megawatts para 450 megawatts. O retorno estimado é de R$ 48 milhões de receita ao longo do período de concessão. A fonte de transmissão garantirá o suprimento com mais energia para Anápolis, Abadiânia, Corumbá, Pirenópolis e Alexânia, e agregará R$ 1,8 milhão de receita anual à Celg GT até o ano de 2043.

Governo na palma da mão

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