Governo de Goiás vai propor uniformização de alíquota do etanol entre Estados do Brasil Central

O governador Marconi Perillo anunciou em São Paulo, durante a 16ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, que vai propor aos Estados que integram o Consórcio Brasil Central – Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia e Distrito Federal – uma política de alíquota comum em vários produtos, inclusive o etanol. “Acho que isso vai ser um diferencial”, disse o governador em entrevista à imprensa, no encerramento do evento.

Marconi também explicou melhor a proposta de sobretaxar os combustíveis fósseis, que trazem danos à saúde e ao meio ambiente. Segundo ele, será enviada uma carta à Organização Mundial de Saúde (OMS), sugerindo que a instituição assuma uma política mais agressiva, como faz em relação ao tabaco, na questão dos derivados do petróleo, especialmente a gasolina e o óleo diesel.

“Eu acho que chegou a hora de propor que produtos poluentes ou que contribuam para o aquecimento global e mudanças climáticas possam pagar mais impostos e taxas. Também deve-se apoiar aqueles que desenvolvem políticas focadas na energia renovável”, sustentou Marconi. Para ele, é preciso que a OMS tenha uma política isonômica. “Se ela quer um mundo sustentável, com alimentos e ar de qualidade, boa qualidade de vida, é preciso enfrentar o desafio de sobretaxar essa indústria que produz combustível fóssil, tóxico, que prejudica as pessoas”, observou.

Desenvolvimento

Na conferência, Marconi argumentou que o etanol traz desenvolvimento. “O IDH dos municípios produtores de cana cresceu 65% entre 1970 e 2010, enquanto o IDH dos municípios sem produção cresceu apenas 57%”, disse.  Reafirmou que Goiás tem “forte compromisso” com a energia renovável e também tem hoje uma das matrizes energéticas “mais limpas do País”, com produção de etanol, biomassa e biodiesel. A expectativa da safra goiana da cana de açúcar para este ano, apesar da influência da crise econômica nacional, é de aproximadamente 70 milhões de toneladas.

“O segmento da sucroenergia é economicamente estratégico”, avaliou Marconi. Disse ainda que lançará “uma cruzada” para todos os que defendem um planeta mais limpo, sem grandes mudanças climáticas. “O desafio está posto. Como governador, começarei a agir imediatamente”, acrescentou. A 16ª Conferência Internacional Datagro (consultoria agrícola) reuniu produtores de açúcar, etanol e biodiesel dos cinco continentes, com a participação de autoridades públicas, fundos de investimento, empresas de logística, distribuidores e fornecedores de insumos. O governador foi saudado pelo presidente da Datagro, Plínio Nastari, como um grande aliado do setor sucroenergético e aliado estratégico no debate sobre produção de energias não-poluentes.

Governo na palma da mão

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