O secretário da Saúde de Goiás, Leonardo Vilela, reforçou a necessidade de intensificação do combate ao mosquito Aedes aegypti para evitar as doenças transmitidas pelo vetor: dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela. Vilela concedeu entrevista coletiva para esclarecer sobre o zika vírus e a microcefalia, após a notificação de 739 casos de bebês com microcefalia no país, um deles em Goiás, e os demais em Estados do Nordeste. O Ministério da Saúde investiga a possível correlação dos casos de microcefalia ao zika vírus.

A Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO), em parceria com o Ministério da Saúde, está investigando o caso de microcefalia notificado em Goiás. O secretário anunciou as medidas estratégicas adotadas pela SES-GO para combate ao mosquito e, ainda, para a identificação de casos de microcefalia em Goiás. “Nós estamos em campanha com os municípios para o combate ao vetor transmissor dessas doenças. E precisamos envolver toda a sociedade”, destacou Leonardo Vilela. Além disso, a Saúde de Goiás tornou obrigatória a notificação dos casos de zika no Estado e encaminhou nota técnica às unidades de saúde para formulação do padrão de microcefalias em Goiás.

O secretário ressaltou ainda que as equipes técnicas da SES-GO estão mobilizadas, passando informações para as secretarias municipais de saúde e profissionais de saúde, tanto do setor público quanto do privado. Vilela informou que, por enquanto, não há relatos na literatura científica da associação do zika vírus com a microcefalia. No entanto, nenhuma hipótese está sendo descartada pelo Ministério da Saúde (MS). Até o momento, conforme divulgação do MS, existem 18 Estados brasileiros com casos confirmados de zika vírus. Em Goiás, ainda não foi confirmado nenhum caso, sete estão em investigação.

Microcefalia

Para as gestantes e mulheres que desejam engravidar, a SES-GO reforça as recomendações do Ministério da Saúde: manter as vacinas atualizadas segundo o calendário vacinal; não consumirem bebida alcoólica ou qualquer outro tipo de droga; não utilizar medicamentos sem orientação médica; evitar contato com pessoas com febre ou infecções; proteger-se da exposição de mosquitos, mantendo portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes (a base de DEET) nas primeiras horas da manhã e nas últimas horas do dia.