Fiscais investigam morte de peixes no lago de Serra da Mesa

A denúncia da morte de toneladas de peixes no lago de Serra da Mesa tem levado entidades ambientalistas ao local para descobrir a causa. A Secretaria do Meio Ambiente de Uruaçu encaminhou amostra da água e de peixes para análise laboratorial. A previsão é que o resultado saia em sete dias. Uma equipe de fiscais da Secretaria das Cidades e do Meio Ambiente (Secima) foi até o município de Campinorte, banhado pelo lago. Lá, os fiscais percorreram dez quilômetros ao longo do lago, constatando o alto índice de peixes mortos, de espécies como mandi, tucunaré, piau e barbado, entre outras.

Pescadores e moradores locais afirmam que a morte dos peixes começou por volta do dia 18 de janeiro. O volume de chuvas deixou a água do lago com aspecto turvo, além da grande quantidade de sedimentos e um forte cheiro nas margens. Uma das hipóteses sob avaliação é que essa chuva que desaguou no lago pode ter interferido na temperatura e qualidade da água, causando a morte dos peixes.

As equipes técnicas envolvidas também investigam a hipótese de que o lago pode ter sido contaminado com agrotóxicos ou produtos químicos industriais. Os fiscais também percorreram parte do lago que fica no município de Uruaçu, onde existe a denúncia de que 19 toneladas de peixes morreram em criatórios locais, o que foi confirmado por moradores da região. Mas a Cooperativa Mista Agropecuária dos Aquicultores do Lago Serra da Mesa e Agricultores de Uruaçu (Cooperpesca), entidade que congrega os criadores locais, estava fechada e não se manifestou sobre o caso.

Agrodefesa

O lago de Serra da Mesa é licenciado pelo Ibama. Caso a hipótese de contaminação da água por agrotóxicos seja verdadeira, a Agrodefesa deverá entrar no caso, com a fiscalização e o monitoramento das plantações na região. Somente com o resultado das análises laboratoriais será possível realizar um trabalho conjunto de monitoramento por parte das entidades envolvidas, entre elas, a Secima, Agrodefesa, secretarias municipais do Meio Ambiente, Dema e Ibama, para identificar as causas da alta mortalidade de peixes, assim como prevenir que o problema se repita e punir possíveis resultados.

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