A Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) discutiu com uma equipe de técnicos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) / Unidade Arroz e Feijão, o alinhamento de projetos e ações de interesse comum a serem desenvolvidos por ambas instituições na Estação e Campo experimentais da Emater em Porangatu e Luiz Alves, respectivamente. O encontro de trabalho foi na quinta-feira (18/8). Além disso, a reunião serviu também para discutir a renovação de um termo de cooperação científica e técnica que regulamente a parceria na área de pesquisa e transferência de tecnologia.

Apesar de a parceria já ter existido há algum tempo, é necessário alinhar juridicamente um termo de renovação para o desenvolvimento de um plano de trabalho das ações de cada instituição. Segundo a diretora de Pesquisa Agropecuária da Emater, Maria José Del Peloso, a regulamentação é importante para que no futuro não haja impedimento na aplicação dos projetos planejados. “Nós já temos um contrato de cooperação amplo com a Embrapa, porém é preciso elaborar planos de trabalho que determinem criteriosamente cada ação conjunta”, explicou a diretora.

Participaram da reunião Lineu Domit,  Renata Bueno, Luciene Camarano e Romeu Santos da Embrapa Arroz e Feijão. Para o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia e de Administração da Embrapa Arroz e Feijão, Lineu Alberto Domit, o ponto chave do encontro foi o alinhamento das ações em planejamento e a busca por soluções para os gargalos expostos por ambas instituições. “Entre os pontos que deverão ser solucionados passam pela parte orçamentária e o aspecto jurídico que ainda não estão regulamentados em torno da parceria”, detalhou Lineu Domit.

Projetos

Atualmente, a dobradinha Emater/Embrapa conta com projetos ligados à agroecologia, à validação e transferência de novas tecnologias e ao sistema Integração Lavoura, Pecuária, Floresta (ILPF). Outro projeto em andamento é o desenvolvimento de novas cultivares de feijão e arroz tolerantes ao estress hídrico, que tem como sítio de seleção a Estação Experimental da Emater em Porangatu, na região norte do estado. A região apresenta como característica um clima seco, que facilita a seleção para recomendação e o lançamento de novas variedades tolerantes à falta de água.

Além desses projetos, existe a intenção em voltar a se desenvolver pesquisas aplicadas e validação de tecnologias para a cultura do arroz irrigado no Campo Experimental da Emater no projeto de Luiz Alves. Nesse contexto, a diretora da Emater, Maria José Del Peloso, colocou o interesse do Instituto Federal Goiano/Campus Ceres em participar dessa parceria, por meio do desenvolvimento de pesquisas de seus alunos do curso de mestrado profissional em irrigação.

De acordo ainda com Maria José Del Peloso, todos os projetos a serem elaborados devem ter como foco a recomendação tecnologias que venham a resolver os problemas enfrentados pelo produtor rural da região, o objetivo deve ser a promoção da inovação no campo, com conseqüente aumento de renda e melhoria da qualidade de vida das famílias do meio rural goiano.