Em lançamento de livro, Marconi diz que Pedro Ludovico foi maior estadista de Goiás

Em lançamento de livro no Palácio das Esmeraldas, Marconi e Valéria Perillo receberam o jornalista e escritor Hélio Rocha, que autografou a obra “Tu és Pedro – Uma biografia de Pedro Ludovico Teixeira” no Salão Dona Gercina Borges, na noite desta terça-feira (05/07). O livro foi publicado pela Editora Kelps. “Faço agradecimento especial ao governador Marconi Perillo e à primeira-dama Valéria Perillo pelo apoio e estímulo para que eu tivesse a coragem de realizar esta obra”, revelou Hélio Rocha. Ao que lhe respondeu Marconi: “Pedro Ludovico Teixeira foi o maior estadista goiano de todos os tempos. Quero falar um pouco da minha honra, da minha satisfação em recebê-lo aqui, Hélio. É uma honra receber tantos eventos culturais aqui. Afinal, dona Gercina Borges e Pedro Ludovico Teixeira sempre estimularam a cultura em Goiás”, observou.

Autor do livro Inquilinos da Casa Verde (também pela Editora Kelps), lançado há mais de 20 anos, com a narrativa sobre a passagem dos ex-governadores pelo Palácio das Esmeraldas, Rocha revela em “Tu és Pedro” o resultado de uma pesquisa ainda mais vertical, de quase um ano, sobre Pedro Ludovico (1891-1979), o fundador de Goiânia. A obra contém 160 fotos inéditas e o título é alusivo a uma conversa narrada na Bíblia entre Jesus Cristo e o apóstolo Simão Pedro: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha igreja”, afirmou Jesus no capítulo 16 do evangelho escrito por Mateus. A professora de música Maria Lucy Veiga Teixeira homenageou o protagonista da obra, ao agraciar o público, com uma das músicas prediletas de Pedro Ludovico: o tango ‘La Cumparsita‘. De acordo com Hélio Rocha, a música foi tocada no velório de Pedro Ludovico.

Novas histórias

Presentes no lançamento, entre familiares e amigos de Hélio Rocha e de Pedro Ludovico, estava Goiano Borges Teixeira, já idoso, único filho vivo do ex-governador. Em entrevista à imprensa, Goiano contou a circunstância inusitada como o ex-governador fora conduzido à prisão, na revolução de 1930, quando resistia à estocada dos militares, em Rio Verde.

De acordo com Goiano, após três dias sem dormir, Pedro Ludovico acabou em sono profundo sob uma árvore, tendo sido acordado por um delegado, que disparara tiros para o alto. “Levantou porque achava que morreria deitado”, narrou. O ex-governador acabou conduzindo o próprio carro até a prisão, em uma situação inusitada. “Foi muito interessante, porque tratou meu pai muito bem. E meu pai, que estava em um carro 1929, levou o delegado até a cadeia”, contou. “Após dias preso, o secretário de segurança do governo foi até onde ele estava e afirmou: “É uma honra conduzir um homem como o senhor”.

A noite era para imortalizar histórias e Marconi lembrou de uma ocasião em que o ex-governador Mauro Borges, também filho de Pedro Ludovico, contou a ele a maneira corajosa com que Dona Gercina Borges, esposa de Pedro e mãe de Mauro, reagiu ao saber que militares rondavam o Palácio, em 1964, para apear Mauro Borges do poder. “Minha mãe era uma mulher tão destemida e tão corajosa”, narrou à época para Marconi, “que quando era iminente o golpe militar, estando na Rua 26 ao lado do meu pai, ela se aprontou e disse: “Pedro, vamos no Palácio das Esmeraldas. E, se necessário, vamos morrer ao lado de Mauro Borges Teixeira, nosso filho”.

Ocupante da cadeira nº 7 da Academia Goiana de Letras, Hélio Rocha é autor também de “Sete Décadas de Goiânia”, “Rádio Brasil Central – 60 Anos no Ar”, “Jk para a Juventude”, “Folhetim Político – Historietas do Folclore Político Goiano”, “Memória da Energia em Goiás: Celg – 50 Anos”, entre outras obras.​

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo