Em conversa com internautas, governador comenta cenário de crise

Ao participar de mais um hangout, no qual conversou por meio eletrônico sobre o Fórum Movimento Brasil Central, que reúne governadores e parlamentares da Região Centro-Oeste, do Tocantins e de Rondônia, o governador Marconi Perillo teceu comentários sobre o cenário de dificuldades políticas e econômicas vivencidas no País. “Se nós tivermos prudência nesse momento difícil que atravessa o País, poderemos tirar muitas oportunidades da crise”. E talvez a maior oportunidade seja a questão da gestão. Refinar cada vez mais a gestão para que possamos despender menos recursos com mais eficiência e melhores serviços”, enfatizou.

Ao responder a pergunta de um internauta sobre avaliação do comportamento do governo da União diante da crise, Marconi disse torcer para que o governo federal tenha governabilidade e uma agenda econômica para superá-la, “até porque queremos nos manter nesse círculo virtuoso”, observou. Ele lembrou que, em Goiás, o governo foi reduzido a 10 secretarias; foram eliminados cinco mil cargos comissionados e o orçamento sofreu um corte de R$ 3 bilhões neste ano.

“Mas, ainda assim, a recessão econômica é muito grave. Todos nós do bloco de governadores do Brasil Central queremos contribuir no sentido de buscar uma solução para a crise. Outra preocupação é que não se crie mais gasto no País sem que os Estados e municípios tenham cobertura financeira para fazer face a esses gastos, sem que seja indicada a fonte de onde sairá o recurso.” Ele ressaltou ainda que há um interesse colaborativo do Senado e da Câmara para barrar gastos novos.

Marconi ressaltou que o Governo de Goiás trabalha fortemente para que o Estado capte novos negócios. “Já captamos algo próximo de R$ 3 bilhões, apesar da crise. Goiás é muito dinâmico, mas não somos uma ilha. Não podemos fazer um governo só de ajustes. Ajustes são meio, não fim. O fim são as atividades econômicas, investimentos, especialmente em infraestrutura, logística e desenvolvimento tecnológico e científico”, afirmou.

Brasil Central

Ele detalhou as ações que estão sendo trabalhadas pelos governadores, que já realizaram dois fóruns, um em Goiânia e outro em Cuiabá. Destacou que são Estados muito fortes no agronegócio, e que estão começando um processo virtuoso de industrialização. “Temos, juntos, muitas similaridades, potencialidades, desafios e oportunidades. Começamos a debater os grandes temas da infraestrutura e temas regionais que devem nos unir para sermos um bloco bastante competitivo, que consolide um futuro promissor para nossa região”.

Informou que o bloco deve receber o ingresso de 18 senadores e uma quantidade significativa de deputados federais. “Além da agenda de ajustes fiscais, além de usarmos a nossa criatividade, estamos focando na gestão. Vamos também criar um Consórcio que poderá evoluir para uma Agência que não será apenas um Consórcio formulador de ideias, planejador de ações, mas que possa ter recursos financeiros aportados pelos próprios Estados, constituindo um fundo que vai realizar investimentos ou serviços de acordo com as prioridades estabelecidas conjuntamente”, reiterou, aludindo à decisão tomada na última reunião do bloco.

Marconi afirmou que os governadores e seus respectivos secretários de Gestão, Planejamento e Fazenda trabalham agenda também nas áreas científica, tecnológica, da segurança pública, agricultura produtiva e educação. “Já começamos a debater todos esses temas e vamos definir o que fazer para potencializar nossos esforços; os recursos que vamos colocar como capitalização desse fundo para que nossa região possa se desenvolver mais do que a média nacional e se tornar mais competitiva”, disse.

O governador reiterou que o grupo usará as experiências exitosas de cada Estado que o compõe. “A nossa região já é uma região solução para o País há muito tempo. Somos os Estados que mais crescem, que têm desempenho fantástico nas exportações. Tivemos no ano passado R$ 20 bilhões de superávit exportador, enquanto o Brasil amargou R$ 4 bilhões de déficit. Crescemos muito em emprego. E Goiás, em particular, é o Estado que nos últimos dez anos mais diminuiu as diferenças sociais”, observou.

Governo na palma da mão

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