Conselho Empresarial da América Latina mostra que ajuste fiscal de Marconi é modelo para o Brasil

O Programa de Ajuste Fiscal (PSF) implementado em Goiás como medida de enfrentamento à crise econômica nacional foi apresentado nesta quarta-feira (23/11) pelo governador Marconi Perillo em evento realizado pelo Conselho Empresarial da América Latina (CEAL), que reuniu as principais lideranças empresarias do país, além de autoridades políticas, como o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e o ministro das Cidades, Bruno Araújo.

Marconi participou do encontro a convite do presidente do Ceal, o economista Roberto Gianetti da Fonseca, que citou Goiás como “exemplo para o Brasil” no enfrentamento da crise econômica nacional. Nas palavras dele, o governador Marconi Perillo teve “coragem” de adotar medidas de enfrentamento à crise de forma antecipada e implementá-las com antecedência, impedindo que Goiás sofresse as consequências mais agudas da crise, como atualmente ocorre no Rio de Janeiro.

Em discurso aos empresários e políticos presentes, o governador Marconi Perillo discorreu sobre os pontos do Programa de Ajuste Fiscal (PAF). Ele ressaltou que o caminho adotado foi responsável por retirar Goiás do pior cenário de crise no país e declarou que hoje Goiás colhe frutos positivos, como a marca de Estado líder na geração de empregos e o pagamento em dia do salário dos servidores públicos.

“O meu Estado é um dos cinco que não tiveram problemas para pagamento de folha salarial e 13º. Desde 1999, quando assumi o governo pela primeira vez, eu pago o 13º no mês de aniversário do servidor. Parte da folha é paga dentro do mês trabalhado e o restante, contendo os maiores salários, é pago até o dia 10 do mês vencido, conforme a lei determina. Portanto, nós não temos problemas com relação a pagamento de folha salarial”, destacou Marconi.

Representando o Governo Federal, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, falou sobre as medidas adotadas pelo Governo Federal para reverter a crise no país. Algumas delas, como a redução no número de ministérios e de servidores comissionados, foram adotadas pelo presidente Michel Temer após ouvir a orientação do governador Marconi Perillo sobre o processo adotado em Goiás.

Também participaram do encontro os empresários Antonio Luz, sócio fundador da Sadia, atual BRF Foods; João Roberto Marinho, vice-presidente do Grupo Globo; Christian Lohbauer, diretor de Assuntos Corporativos e Governamentais da Bayer; Ingo Plöger, presidente Internacional do Conselho Empresarial da América Latina (CEAL); além de representantes da Ambev, do Banco BMG, Morgan Stanley, Ultrafarma, Bayer e da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Sistema político falido

Ao público presente, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso ressaltou a necessidade de líderes políticos que despertem confiança e esperança na população em âmbito nacional. “A gente sabe o que deve ser feito e tem pessoas competentes à frente da política. A grande questão, como sempre, é política. Vamos ter força para implementar ou não vamos ter força para implementar mudanças? Nós precisamos sentir que há rumo. O Brasil precisa ver qual é o caminho e o povo precisa sentir que está junto do processo. O que foi feito vai nos custar alguns anos de reconstrução”, avaliou.

FHC foi enfático ao afirmar que é preciso mudar o sistema político brasileiro. “É preciso resolver a questão política. O sistema atual não dá mais. A população não confia mais. Então, tem que se estabelecer a confiabilidade interna e externa. Nós temos que aprender a falar a linguagem que as pessoas entendem para que elas sintam que nós estamos tratando de coisas concretas que influenciam a vida de cada um. E, infelizmente, o nosso sistema político se distanciou muito da população”, pontuou.

Governo na palma da mão

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