Conesan promove 4º Seminário sobre o Dia Mundial da Alimentação

O Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Goiás (Conesan-GO) promoveu nesta quarta-feira (21/10), no auditório Jaime Câmara do 9º andar do Palácio Pedro Ludovico, o 4º Seminário sobre o Dia Mundial da Alimentação. Estiveram presentes gestores públicos, representantes de entidades e estudantes de Nutrição. O governador em exercício José Eliton foi representado pela superintendente de Políticas de Atenção Integral da Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, Evanilde Fernandes Costa. Também esteve presente na abertura do seminário o superintendente da Conab, Joaquim Araújo Santos.

O evento teve início com uma performance cultural da Cia. Teatral Zumbi dos Palmares que abordou a questão dos agrotóxicos na produção dos alimentos. Em seguida, a presidente do Consesan-GO, Dinair Pereira Duarte Furtado, abriu os trabalhos agradecendo a participação de todos e destacando a importância de se debater a segurança alimentar em Goiás.

A representante do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea Nacional), Célia Varela Bezerra, lembrou que a quarta edição do seminário transformou em agenda, no Estado de Goiás, o debate sobre o Dia Mundial da Alimentação. “Temos de fazer a reflexão sobre o que é alimento, o que é comida”, afirmou. Disse ainda que é necessário promover a soberania, lembrando que todo o ser humano deve ser livre da fome e da desnutrição, e ter acesso à alimentação adequada.

O deputado estadual Jean Carlo Santos, integrante da Comissão Parlamentar de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, citou alguns dados preocupantes: 870 milhões de pessoas no mundo passam fome segundo a ONU, enquanto 2,8 milhões de pessoas no planeta morrem por ano devido a doenças causadas pelo excesso ou alimentação inadequada e 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçados anualmente. Por isso, conforme o parlamentar, nada mais adequado do que discutir a segurança alimentar para buscar soluções para estas questões.

A representante do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, secretária municipal de Assistência Social, Maristela Alencar, destacou que municípios e Estado têm de somar forças para erradicar de vez no País a falta de alimentos e a pobreza extrema. Para a representante do governador, Evanilde Fernandes Costa, da Secretaria da Saúde, a questão da segurança alimentar e nutricional está diretamente ligada à saúde e à qualidade de vida da população.

Metas globais

Evanilde lembrou que no último dia 25 de setembro 193 líderes mundiais se comprometeram com 17 metas globais para os próximos 15 anos, reunidas em três objetivos: erradicação da pobreza extrema, combate à desigualdade e injustiça, e contenção das mudanças climáticas. Ela informou que a Secretaria da Saúde está planejando o lançamento das metas globais de 2030 em Goiás, acrescentando a amplitude que o tema segurança alimentar e nutricional desempenha neste contexto.

O primeiro palestrante do seminário foi o presidente da Comissão Intersetorial de Segurança Alimentar e superintendente de Agricultura da SED. Antônio Flávio de Lima abordou o tema Cenário da Produção de Alimentos. Conforme ele, os cinco maiores problemas da humanidade previstos para o ano de 2050 são água, energia, alimentos, lixo e pobreza. O superintendente admitiu que é preciso repensar o atual modelo de produção agrícola baseado no uso de agrotóxicos e defensivos agrícolas. Mas ponderou: “não temos tecnologia para viver sem agrotóxicos, mantendo a alta produtividade para alimentar toda a população. O gestor público disse ainda que o Brasil terá grande oportunidade e papel importante na produção e fornecimento de alimentos para o mundo em 2050.

Também palestrante do seminário, Vânia Marra Passos, coordenadora de Vigilância e Promoção da Saúde da Secretaria Estadual da Saúde, abordou o tema Educação Alimentar e Nutricional. Ela afirmou que a alimentação inadequada é um fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas que podem levar à morte, como a hipertensão arterial, diabetes e doenças cardiovasculares.

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo