O Detran-GO acatou pedido da Associação dos Centros de Formação de Condutores de Goiás (Ascefego) e prorrogou por duas semanas o prazo para que a categoria implante ou se associe a empresas que possuam os simuladores na Região Metropolitana de Goiânia. A decisão considerou as dificuldades enfrentadas pelos empresários para encontrar o equipamento à pronta entrega, a data estabelecida pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) para fechamento do sistema e o cronograma apresentado pela associação.

O uso do simulador de direção na formação do condutor passou a ser exigido em todo o país desde 1º de janeiro de 2016. Em Goiás, os CFCs haviam, após recomendação do Ministério Público, conseguido prorrogar o início da vigência para a próxima segunda-feira, dia 18. Conforme o presidente da Ascefego, Jader Neves, dois fatores contribuíram para o inviabilizar o cumprimento. “Estamos nos mobilizando, mas há um pequeno grupo que ainda resiste. Como a demanda pelo equipamento é grande há uma dificuldade das próprias empresas de simuladores em nos atender”, pontuou.

O representante dos CFCs compareceu à reunião acompanhado do gerente comercial da Prosimulador, Luciano Mesquita, que confirmou a necessidade de um prazo maior para atendimento dos contratos firmados. Segundo ele, 14 equipamentos serão entregues em Goiânia na próxima semana e, até o final do mês, 30 estarão em funcionamento.

Luciano ressaltou ainda que já tem 60 simuladores contratados para a capital. Número suficiente para atender 200 CFCs. Mas, enfatizou que não consegue entregá-los imediatamente, tendo em vista que são importados. A Prosimulador está trabalhando em parceria com a Ascefego para implantar 250 equipamentos em Goiás no regime de comodato.

O presidente do Detran-GO, Manoel Xavier, destacou que a autarquia, como órgão executivo de trânsito, trabalha para cumprir a legislação nacional. Porém, como entidade pública também tem o dever de impedir a descontinuidade do serviço. Assim, fará o possível, nos limites estabelecidos pelo Denatran, para auxiliar os CFCs. “Precisávamos que eles demonstrassem essa ação no sentido de cumprir a resolução e isso foi feito”.

Por várias ocasiões, o Denatran já deixou claro que a implantação dos simuladores é irreversível e que a partir de 1º de maio o sistema nacional não permitirá a emissão de CNHs sem a comprovação do cumprimento dessa etapa. Jader Neves revela que a expectativa todos os empresários do setor se adequem em tempo hábil. “Até então, havia um pensamento de que a resolução poderia ser derrubada. Agora, temos a consciência de que a saída é implantar o simulador. É uma medida nacional”, enfatiza.