Banco do Povo incentiva os pequenos negócios e fomenta a economia goiana

Após sofrer os efeitos negativos da crise no último ano, Adriano Pereira da Silva tomou uma decisão. Ousado, o lanterneiro com 16 anos de profissão pediu as contas da concessionária de veículos onde trabalhava há três anos e, junto com a mulher, que seguiu o mesmo caminho, abriu as portas de um pequeno restaurante e lanchonete no Setor São Judas Tadeu, no Norte de Goiânia.

Rejane Costa dos Santos era auxiliar administrativa de uma empresa de pavimentação. Ele também conta com a mãozinha da enteada, do cunhado e de uma auxiliar de cozinha. Com o dinheiro do acerto em mãos, o casal, que já pensava em empreender há algum tempo, também vendeu o carro e enfim pôde colocar o sonho em prática.

Melhor dizendo, parte dele. Ainda faltavam recursos para equipar o estabelecimento. “Fiz uma pesquisa para ver em qual empresa poderia pegar um empréstimo com a menor taxa de juros. Eu comparei com bancos e outras instituições, mas escolhi o Banco do Povo, do Governo de Goiás. Fomos muito bem atendidos e não teve burocracia”, diz.

Com três orçamentos, ele e Rejane foram até a agência de atendimento na Avenida Anhanguera, no Centro de Goiânia, e depois de duas semanas foram liberados R$ 10 mil no final de março. Eles compraram um balcão com vitrine, estufa de salgados, extrator de sucos e ventiladores. Rejane assumiu o comando da cozinha e prepara comida caseira. Apesar de suspeito pra falar, Adriano garante que o tempero é bom. “Estamos no começo, mas já felizes porque conseguimos uma clientela que está comendo lá todo dia”, revela orgulhoso.

Em 2017

O volume total liberado em financiamentos nos primeiros quatro meses de 2017, por meio do Banco do Povo, chegou a R$ 3.445.780,93, 86% a mais do que no mesmo período de 2016 – R$ 1.848.864,00. Atualmente ligado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED), o programa de incentivo ao crescimento e desenvolvimento dos micro e pequenos negócios foi criado em 1999.

O superintendente Danilo Rabelo afirma que um dos objetivos desta ação do Governo de Goiás é promover a formalização das atividades, uma vez que mais de 70% dos clientes que buscam o empréstimo estão na informalidade, o chamado negócio de fundo de quintal. A margem de empréstimo varia de R$ 500 a R$ 10 mil, podendo ser empregado como capital de giro para a compra de matéria-prima ou mercadoria para revenda ou fixo, para aquisição de motos, máquinas, equipamentos e móveis, por exemplo. Diante da grave crise financeira do país e da dificuldade de acesso ao crédito, o que mais atrai os empreendedores é a baixa taxa de juros – 0,25% ao mês

Os interessados em contrair um empréstimo do Banco do Povo não precisam ter um negócio já formalizado. Além de fornecer os dados pessoais e não ter restrição de crédito, é preciso ter um avalista. O dinheiro é liberado em no máximo 15 dias e o pagamento é efetuado pela GoiásFomento exclusivamente para compra de itens de equipamentos, produtos para revenda e/ou matéria prima. Em caso de débito das parcelas, após o prazo de 60 dias, os nomes do proponente e do avalista serão negativados.

Governo na palma da mão

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